Por Fernando Brito, editor do TIJOLAÇO
Em entrevista à Folha o autointitulado “Príncipe” Luís de Orleans e Bragança diz que não é objetivo da malta e zumbis que pretende fazer o ato bolsonarista o dia 15 fechar o Congresso. Apenas colocá-lo de joelhos.
O mais importante é a população se colocar contra o Congresso, em vez de a favor do governo. Você tem vários deputados, nenhum com soma de votos suficiente para chegar nem perto do volume de votos do presidente.(…)A população foi às ruas para empurrar as reformas. Quem fez a reforma da Previdência foi a vontade popular das ruas. O Congresso, em sua maioria no Norte e no Nordeste, foi eleito pela velha política, com prefeitos, cabresto, emendas parlamentares. O Sul/Sudeste é outro padrão. O eleitor que me elegeu tem um vínculo direto comigo. Bate papo, sabe tudo que eu votei, debatemos abertamente. A população está muito ativa, muito ligada ao que acontece em Brasília.
Ah, sim, aqueles “paraíbas”, como diz o ídolo do “príncipe”, Jair Bolsonaro. O mesmo Bolsonaro que o humilhou com a história do dossiê das fotos de orgias, como contou o ex-ministro Gustavo Bebbiano.
O nobre (literalmente) deputado podia se valer de métodos mais simples, como o de chamar os “marombados” do bolsonarismo, civilizadíssimos, para o trabalho de convencimento digamos, corpo a corpo com os deputados.
Porque, sem isso, a pauta do governo não vai andar nem pode andar, se o que resta de base do presidente no Congresso parte para este tipo de chantagem.
Ou a tática é essa, a de emparedar a tudo e a todos e exigir poderes extraordinários das instituições para fazerem o que quiserem?
Alguém está lembrado daquele presidente de El Salvador, que há poucos dias invadiu o congresso do país com uma tropa armada de fuzis para exigir que votassem aprovando suas propostas?
É bom ver se o general Heleno ainda aguenta o peso de um FAL.