Por Fernando Brito, editor do TIJOLAÇO
É mais que um novo “mico” pago por Jair Bolsonaro diante da sua propalada “amizade” com Donald Trump o anúncio do presidente norte-americano de que vai impor tarifas às nossas exportações de aço e de alumínio . seria mais um na coleção, que inclui vistos, OCDE, cotas de trigo e nossa renuncia ao tratamento privilegiado na Organização Mundial do Comércio.
É que esta é uma retaliação escancaradamente político eleitoral e não vai ser revertida com um telefonema carinhoso para Washington.
Notem como Trump se refere expressa mente aos “fazendeiros” norte-americanos, setor essencial á sua base eleitoral para o ano que vai entrar.
O que têm fazendeiros com preço de aço e alumínio?
Nada e tudo, porque é um recado claro para o Brasil não se assanhar com exportações de milho e soja, nas quais somos concorrentes diretos do Tio Sam, como são também os hermanos argentinos
Nossas relações comerciais, neste momento, só vão de vento em popa com a China, embora os chineses, de início, tivessem sido demonizados.
E continuem sendo, porque – publica hoje mesmo a BBC – o anúncio para a liberação de vistos para a entrada de chineses no Brasil, até agora, só atinge Taiwan e deixa os da China continental de fora.
São tão incapazes de fazer diplomacia pragmática que, não duvidem, daqui a pouco o chanceler Ernesto Araújo vai desfilar de guarda-chuva em Hong Kong.
O Abraham Weintraub empresta o dele.