Por Fernando Brito no TIJOLAÇO
Dia 13, terça-feira, reúne-se o Conselho Nacional do Ministério Público, tendo na pauta reclamações disciplinares contra Deltan Dallagnol.
Se já não bastasse tudo o que já havia sido revelado, agora à tarde o El Pais mostra mais imundícies do “02” da Lava Jato. desta vez combinando ataques e pressões espúrias (plantando “offs” na mídia amiga) sobre a chefe da Procuradoria Raquel Dodge.
Tudo para forçá-la a enviar logo para Edson Fachin, do STF, “delações, entre elas, a de Léo Pinheiro, da construtora OAS, uma testemunha-chave de casos que incriminam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
Em outras delações, o temor é que acabassem sendo feitas pela Polícia Federal, transferindo para ela a disposição de se acertarem de “peixes gordos”.
O clima de sublevação contra a Procuradora Geral atingiria o seu ápice quando Raquel Dodge se posicionou contra o acordo que daria à República de Curitiba a gestão de um fundo de 2,5 bilhões de reais acertado com a Justiça dos EUA, a serem pagos pela Petrobras por um acordo judicial no exterior.
Aí acusam a Procuradora de estar “possessa” e fazendo “um barraco” ao propor a anulação do pacto, cuja remuneração já havia sido até depositada aos cuidados de Dallagnol, afinal invalidado pelo Supremo.
O tom agressivo e debochado não é apenas de Deltan, mas de toda a sua equipe. Dodge, diz um deles “teria que ser incinerada publicamente, internamente e internacionalmente”.
E sobra justamente para o corregedor do MP e relator dos processos contra Deltan no Conselho do Ministério Público, Oswaldo Rochadel Moreira: por ter aberto um Procedimento de Gestão Administrativa (PGEA) para ter acesso aos termos do acordo firmado com os norte americanos, é chamado de “capacho” de Raquel Dodge.
É claro que o Conselho não tem mais condições de omitir-se diante da rebelião curitibana.
Sobretudo porque no último domingo de Deltan Dallagnol como “02” da Lava Jato vai se ouvir o estrépito do tiro de misericórdia.