Por Fernando Brito no TIJOLAÇO
Final insólito o da presença de Jair Bolsonaro no aniversário da PM de Goiás – tipo do evento que o ex-capitão não perde – ontem à noite: perguntado sobre o transporte de seus parentes num helicóptero da FAB para o casamento de seu filho embaixaburguer Eduardo, perdeu a paciência e disse que a pergunta da repórter era “idiota”. Diante da atitude digna de outro repórter, que repetiu a indagação, disse que preferia ir ver os parentes, virou as costas e foi embora, irritadíssimo.
Qualquer assessor de meia-tigela o orientaria a responder: “eu não sabia, mandei apurar o gasto e a Aeronáutica vai ser ressarcida”.
É um vôo curto, de 15 minutos, não custaria mais que dois ou três mil reais de combustível e, pronto, estava feito o serviço que o gato faz quando faz…
Quem já trabalhou em assessoria sabe que, mesmo cuidando (e não parece ser o caso), lambanças sempre são feitas e têm de ser desfeitas.
O custo de imagem é infinitamente maior, muito embora tenha energúmenos que culpem a imprensa por perguntar o que tem de ser perguntado.
Certo?
Não, errado.
O marketing de Bolsonaro é justamente esse: o do estúpido, do grosseiro, o do “vou dar filé mignon pro meu filho, talquei?”.
É a parcela da população que foi brutalizada, que passou a apreciar o grotesco, ao mesmo tempo que achava um horror ter um “paraíba” na Presidência.
Prefere um cavalo.