Após o presidente Jair Bolsonaro causar polêmica ao se referir aos nordestinos como “Paraíba”, foi a vez de seus seguidores e milícias virtuais aderirem ao exemplo do “mestre”. Entre os alvos, o governador do Maranhão, Flávio Dino, maranhense, e o o lateral-esquerdo do Flamengo, Renê, piauiense.
O ataque a Dino aconteceu nesta quinta-feira (25), durante palestra em café de Brasília. O governador, que iniciou sua fala dizendo que “a maior honraria” de sua vida foi o presidente Jair Bolsonaro ter classificado-o como “o pior” dos “governadores de paraíba”, ouviu de moradores da Asa Norte gritos com a expressão ‘paraiba’. Em reposta, agradeceu: “Obrigado, amigo. Sou ‘paraíba’ com muita honra”, disse, arrancando aplausos.
A fala preconceituosa de Bolsonaro influenciou seguidores fora da esfera política. Segundo o Diário de Pernambuco, o lateral Renê, do Flamengo, recebeu uma enxurrada de mensagens preconceituosas no Twitter. Ao juntar os termos “Renê” e “Paraíba” se nota um comportamento xenofóbico de parte da torcida.
O termo é comum no Rio de Janeiro para generalizar nordestinos, mas vinha tendo seu uso diminuído. Um exemplo é o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, ou Feira de São Cristóvão, que por muito tempo carregou o termo pejorativo, mas hoje é referida principalmente pelo bairro – São Cristóvão.