Dono do sítio de Atibaia, que o juiz Moro dizia ser de Lula, pede à justiça para vender imóvel

247 O dono do sítio de Atibaia, Fernando Bittar, apresentou pedido nesta segunda-feira (22), ao juiz Luiz Bonnat, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, para vender a propriedade. O ex-presidente Lula foi condenado em fevereiro pela Justiça Federal a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no processo da Lava Jato que dizia que ele era o dono do sítio.

O pedido reforça os argumentos apresentados pela defesa do ex-presidente de que Lula não é dono do sítio, como argumentou os procuradores da Lava Jato. O então juiz Sérgio Moro chegou a dizer se Lula é ou não proprietário “não importa”.

A condenação de Lula foi feita pela juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro, numa sentença que foi desmoralizada por ser um literal copia e cola das acusações do caso “triplex do Guarujá”, com trechos inteiros da sentença de Moro, incluindo as inconsistências.

Lula nunca negou frequentar o sítio dos amigos, que o convidaram para fazer isso, no que tinham pleno direito como donos do sítio, de convidar quem eles quisessem.

A acusação era de que Lula foi beneficiado por supostas obras feitas pela Odebrecht no imóvel, configurando lavagem de dinheiro. No entanto, se o imóvel é de Fernando Bittar, o ex-presidente não é beneficiário das reformas, mesmo que tenha frequentado o local.

Os advogados de Bittar informam que “não mais frequenta o sítio, tendo interesse em sua venda imediata”. E pede que “seja determinada a avaliação judicial” do sítio e sua posterior venda.

“A realização da venda nesses termos (com o depósito em Juízo do valor) cumpre, com muito mais efetividade, o propósito de confiscar os supostos produtos dos delitos, correspondentes aos valores gastos nas reformas”, afirma o advogado Alberto Toron.

Flávio Dino em artigo: “Não nos cabe lavar as mãos, como fez Pôncio Pilatos; temos de bradar contra as injustiças”

Fé em Deus, Fé na Vida

Por Flávio Dino

Celebramos neste domingo a Páscoa, tempo de comemorar a vitória da Vida sobre a morte, representada na ressurreição de Jesus, após o Calvário da Sexta-feira Santa. Jesus Cristo nos mostra que nem a morte é capaz de suplantar a Vida, pois ela segue eterna em outro plano e compartida entre todos. É tempo de transformação, representada por Cristo vivo, que renasce nas palavras e atos de cada um que busca seguir Seu exemplo.

A Páscoa é tempo de ressuscitar ideais de fraternidade, assim como a Quaresma que se encerra hoje, período que os cristãos guardam para fazer reflexão especial sobre como vivenciar melhor os princípios da nossa fé. Infelizmente, no Brasil, vivemos dias de escassa reflexão e de muito exercício de intolerância.

O suposto “clamor das ruas” é visto como elemento por si só definidor para decisões que colocam em risco nossas instituições democráticas. Ao longo dos últimos anos, não faltaram evidências de que passar por cima de regras constitucionais coloca em risco a economia e os direitos de todos.

Novamente, a própria Páscoa nos deixou exemplos. Bem adequado lembrar o ensinamento bíblico: foi o clamor de uma maioria momentânea que pressionou pela absolvição de Barrabás e condenação de Cristo à cruz (Mateus, 27: 20).

Não nos cabe lavar as mãos, como fez Pôncio Pilatos. Seguindo o exemplo que Jesus nos deixou, ao enfrentar os mercadores que profanavam o templo (Jo, 2: 13), temos de bradar contra as injustiças. Elas não faltam, no Brasil de hoje, cada vez mais castigado pelo desemprego dos trabalhadores e pelo desalento dos empresários. E todos que seguimos os ensinamentos de Cristo, qual caminho devemos seguir nesse deserto que o país vive? Qual é o mundo que Deus espera que trabalhemos para construir? Basta atentar-nos ao Evangelho para saber como viveram os Apóstolos após a ressurreição de Cristo: era um mundo de partilha e comunhão, portanto de justiça plena.

Dois mil anos depois, este segue sendo o desafio de todos nós que comungamos da Paixão de Cristo: lutar para colocar em prática Seus ensinamentos, única forma de vivenciá-los. Que os ensinamentos pascoais nos encham de inspiração para encarar nossos desafios, que são gigantescos no Brasil e também em nosso Maranhão. A Verdade e a Luz, que emanam do exemplo de Cristo, vencem todo o mal, o ódio, as mentiras.

Feliz Páscoa a todos!

Dia do Índio: avanços na educação indígena do Maranhão

Em 1943, o então presidente Getúlio Vargas assinou decreto definindo o dia 19 de abril como o Dia do Índio. O marco legal atendia proposta do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado três anos antes, no México, sugerindo que os países da América adotassem a data.

Povos nativos do território brasileiro, os índios do século 21 convivem em um cenário de precariedade educacional país afora. O Censo Escolar de 2017 revela que 30,93% das escolas indígenas do país não dispõem de espaço físico construído pelo poder público para funcionar. Mas o Maranhão vive outra realidade.

O estado pode comemorar dados positivos na educação indígena. Conquistas históricas hoje beneficiam a população das 16 terras indígenas do Maranhão, como a elaboração de minuta de plano de cargos e carreiras para professores indígenas, a formação continuada para os professores índios e a criação do Curso de Licenciatura do Magistério Indígena na Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Destaque para a construção de Escolas Dignas nas aldeias e distribuição de equipamentos para as unidades educacionais, que vêm crescendo nos últimos quatro anos. Só no ano passado foram oito unidades novas inauguradas. Sete novas unidades estão com obras em andamento e seis estão em fase de elaboração de projeto. Também na área da educação, foi garantido apoio ao transporte escolar para comunidades indígenas

De acordo com a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), ainda no mês de abril serão inauguradas mais duas escolas indígenas, dessa vez nas aldeias Canafístula e El-Betel, localizadas no município de Jenipapo dos Vieiras.

Respeito à cultura

Em respeito à cultura dos povos indígenas, o projeto arquitetônico das Escolas Dignas que estão sendo construídas nas aldeias do Maranhão é totalmente diferenciado. Após estudo sobre a cultura dos diferentes povos indígenas existentes no Maranhão, foram selecionados elementos que resgatem a riqueza e diversidade folclórica das tribos.

As Escolas Dignas Indígenas possuem o portal de entrada em formato arredondado, onde é identificado o nome da tribo, nas fachadas foram feitos painéis em formato curvilíneo destinado a pinturas, que são realizadas pelos próprios índios, a fim de identificar cada etnia. No centro da escola foi feito um pátio de coberto de palha interligado por passarelas, em referência aos “caminhos” das aldeias indígenas.

Em sua página do Facebook Bolsonaro afirma que seguro-defeso tem fraude em 65% dos benefícios

Presidente cita gasto de R$ 2 bi e confirma recadastramento para ter início no fim de maio.

O presidente Jair Bolsonaro em transmissão no Facebook – Divulgação

Em sua página do Facebook o presidente Jair Bolsonaro afirmou quinta-feira (18), que as fraudes na concessão do seguro-defeso a pescadores brasileiros podem atingir o total de 65% dos benefícios concedidos.

“Nós calculamos que 65%, ou seja, dois terços, sejam fraudes. A gente gasta mais de R$ 2 bilhões por ano e devemos combater isso aí”, afirmou Bolsonaro, que considerou a situação uma “festa no seguro-defeso”. O presidente está na Base Naval do Guarujá, litoral paulista, onde deverá permanecer durante o feriado e o fim de semana. Ele confirmou a realização de um recadastramento nacional para coibir a concessão irregular do benefício.

Os pescadores têm direito de receber verbas federais, no valor de um salário mínimo por mês, no período do defeso, quando ficam impedidos de trabalhar. O defeso é a paralisação temporária da pesca, no período de reprodução, para a preservação das espécies. A Secretaria de Aquicultura e Pesca é o órgão que está organizando um novo cadastro nacional de pescadores, que deverá estar pronto até o fim de maio. O presidente disse que quem não fizer jus ao benefício, não deverá se recadastrar, mas quem insistir em manter a fraude poderá ser processado.

“Quem, até lá, voluntariamente, sair do sistema, sem problema nenhum será anistiado. Quem teimar em ficar, poderá receber um processo por falsidade ideológica, coisa que, no fundo, a gente não quer fazer, [mas] isso é fraude, é desvio”, disse.

Veja o vídeo:

Com informações da Agência Brasil

Mônica Bergamo lembra que Antagonista já aplaudiu censura de Fux à Folha, que tentou entrevistar Lula

247 A jornalista Mônica Bergamo apontou nesta quinta-feira, 18, a contradição do site O Antagonista, alinhado à extrema-direita, ao comentar a censura imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra a revista Crusoé, que é ligada ao site. Moraes mandou que a Crusoé tirasse do ar uma reportagem contra o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo.

“O Antagonista @o_antagonista, hoje censurado, aplaudiu a censura à Folha em 2018, qdo. o ministro Fux proibiu o jornal de entrevistar Lula. E de publicar a conversa, se já tivesse ocorrido. O Antagonista dizia que o magistrado deveria ser HOMENAGEADO”, escreveu Bergamo pelo Twitter, compartilhando notícia do site. À época, O Antagonista escreveu que “Fux salvou a Folha de S.Paulo”.

O jornalista Florestan Fernandes Júnior, da rede Jornalistas pela Democracia, também solicitou ao STF entrevista ao ex-presidente Lula, mas a decisão segue na gaveta de Dias Toffoli. Recentemente, ele cobrou do vice-presidente, Hamilton Mourão, o mesmo ímpeto em defesa da liberdade de expressão para a sua entrevista com o ex-presidente Lula, proibida pelo presidente do STF, Dias Toffoli. “Já que o Mourão virou defensor da liberdade de expressão, que tal ele pedir ao STF a liberação de minha entrevista com o Lula”, disse.

O retrato da nossa miséria é Lily Safra e não o catador que morreu tentando salvar um inocente fuzilado pelo Exército

Luciano Macedo tentou salvar músico fuzilado com 80 tiros

Por Kiko Nogueira no DCM

Lily Safra e seu amigo, o príncipe Albert de Mônaco

O retrato da nossa miséria é Lily Safra e não Luciano Macedo, o catador que tentou salvar a família de um músico fuzilado pelo Exército e que acabou morrendo na manhã desta quinta, dia 18.

Luciano é a riqueza de princípios, o sangue azul da nobreza moral, o luxo da abnegação, a opulência da bravura.

Foi baleado por soldados enquanto sua esposa implorava que fosse poupado pelos militares.

Estava internado desde o dia 7 de abril no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.

Os pedidos de transferência ordenados pela Justiça foram solenemente ignorados.

Levava o nome da mãe no braço, Aparecida, e deixa Daiana Horrara, grávida de cinco meses.

Fez o que tinha que ser feito, foi abatido por isso, será esquecido e ninguém dará seu nome a ruas, escolas, pontes ou viadutos.

É um exemplo de coragem a ser seguido, muito maior que o da famosa Lily Safra, muitos bilhões mais rica que Luciano, quantos milhões de nada na conta bancária.

Dona de uma fortuna avaliada em R$ 5 bilhões, Lily doou R$ 88 milhões para a Notre Dame após o incêndio.

Ex-mulher do banqueiro Edmond Safra e do dono do Ponto Frio — que se suicidou com dois tiros no peito —, amiga do príncipe Charles e de Elton John, Lily não deu um centavo para o Museu Nacional, do Rio.

Por quê?

Porque o museu não existe para Lily e sua gente, são miragens, pulgas, parte de um lugar ao qual ela não mais pertence, que ela não reconhece, invisível como Luciano.

Fitzgerald define os ricos Tom e Daisy, no “Grande Gatsby”, como “pessoas indiferentes”, que “esmagavam as coisas e as criaturas e então se refugiavam em seu dinheiro e em sua vasta futilidade”.

A “caridade” volta na forma de isenção de impostos.

O problema do Brasil é querer se enxergar em Lily enquanto os Lucianos tentam salvar nossa vida.

Maranhão e umbanda perdem Bita do Barão

Reprodução

De O Imparcial

Morreu nesta quinta-feira, 18, aos 106 anos, o maranhense Wilson Nonato de Souza, mais conhecido como Bita do Barão. A filha do babalorixá, Janaína Nonato de Sousa, confirmou a morte do pai de santo no início da tarde.

“Papai Infelizmente veio a falece aqui no hospital. Estamos cuidando para o corpo ir pro Codó onde acontecerá seu velório”

Bita do Barão estava internado há 10 dias no Hospital São Paulo, em Teresina, e há 4 estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O estado de saúde do babalorixá era considerado gravíssimo pelos médicos, que já descartavam a hipótese de recuperação.

O Corpo deve ser levado ainda hoje, 18, para a cidade de Codó. O velório vai acontecer na residência do pai de santo na rua Rui Barbosa, no Centro de Codó, considerada a capital brasileira da Umbanda. Os familiares de Bita estavam informando o estado de saúde do pai de santo por meio das redes sociais. Várias caravanas inclusive, já se preparavam para encontrar o babalorixá ainda com vida.

A Federação de Umbanda e Culto Afro-brasileiro do Maranhão – FUCABMA emitiu uma nota de pesar sobre a morte de Bira

NOTA DE PESAR

A Federação de Umbanda e Culto Afro-brasileiro do Maranhão – FUCABMA lamenta profundamente a passagem para plano espiritual do Sr. Wilson Nonato de Souza, o Pai Bita do Barão de Guaré, ocorrida agora pouco na capital piauiense.

Bita do Barão iniciou sua sólida missão religiosa ainda na infância no Povoado de Santo Antônio dos Pretos, zona rural de Codó. Ao longo de muitas décadas, exerceu o ofício de liderança religiosa da Umbanda e Terecô à frente da Tenda Espírita de Umbanda Rainha Iemanjá. Dada sua grande projeção, foi considerado por muitos como o maior Babalorixá do País, atraindo milhares de pessoas de todas as partes do País e do mundo para atendimentos espirituais e acompanhamento das festividades rituais do terreiro, notadamente no mês de agosto quando se celebrava a Festa de Todos os Santos e Orixás.

Comendador da República desde o governo do Presidente José Sarney, na década de 80, Pai Bita do Barão foi vice-presidente da FUNCABMA e tema de inúmeros estudos por parte de pesquisadores e cineastas brasileiros e estrangeiros, sendo um grande expoente da salvaguarda e memória das religiões de matrizes africanas, uma vez que acolheu centenas, talvez milhares, de clientes, amigos, babalorixás e filhos-de-santo com os quais dividiu saberes e fazeres referentes à ancestralidade e resistência cultural do povo afro-maranhense.

Diante de sua esplendorosa trajetória espiritual no plano terrestre, pela qual expressamos gratidão pela honrosa oportunidade de aprendizado, temos a certeza que o Pai Bita do Barão terá lugar de destaque não apenas na memória do Povo de Santo como a de que também será bem recebido no Orum. Inspirados em sua história, seguimos na profissão de fé em busca da construção de um meio social mais humano, tolerante e amoroso que a Umbanda nos motiva.

Quem foi Bita do Barão?

Nascido em uma família pobre do povoado de São Antônio dos Pretos, onde se dançava o Terecô nas matas, por causa da repressão policial, a trajetória de Bita do Barão na religião afro-brasileira é regada a muitos mistérios. Na infância, Wilson Nonato era muito agitado, então ganhou dos pais o apelido de “Bita” que, na linguagem da cidade, quer dizer “bode”. Já a alcunha de “Barão” faz referência ao Barão de Guaré, que é a entidade que o pai de santo incorpora.

A descoberta de Bita do Barão como médium deu-se ainda na juventude, quando, incorporando Barão de Guaré, conseguiu desvendar o roubo de uma arma na cidade, dizendo o local e quem havia roubado o objeto.

A fama, além da dedicação aos cultos, deve-se às amizades com nomes influentes da política brasileira. Dentre as diversas histórias, conta a lenda que os tambores soaram dia e noite, por sete dias, nos idos de 1985, quando Tancredo Neves morreu e deixou a presidência da República ao então vice, José Sarney. Recentemente, boatos também indicam que semanas antes da votação do impeachment que derrubou Dilma Rousseff do poder, Michel Temer fez uma visita ao babalorixá. Outro que também já teria se consultado com Bita seria o ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Poderoso todos os anos, no mês agosto, a cidade de Codó parava durante uma semana inteira para celebrar o Festejo da Tenda Espírita em que Bita do Barão é mestre. Na ocasião, os 500 filhos e filhas de santo que o seguem dançam em louvação. Há distribuição de brinquedos a crianças e banquete à vontade.

Bita do Barão, em entrevista a Globo News, afirmou: “a umbanda é uma religião que está crescendo. Mudou muito. Graças a Deus”. E, em Codó, ela parece ter encontrado terreno fértil.

Prefeita Thalita Dias distribui cestas básicas às famílias carentes de Água Doce do Maranhão

A Prefeita Municipal de Água Doce do Maranhão, Thalita Dias, acompanhada da secretária de educação, Rosaria Dias, participaram na tarde de ontem (17), da entrega de cestas básicas para a população carente fazer uso na semana santa.

Longas filas se formaram logo cedo, mas com uma equipe organizada a demora em filas foi pouca, por conta da agilidade no atendimento. Todos foram muito bem recepcionados na sede do CRAS, onde ocorreu a entrega das cestas básicas para moradores carentes de todos os bairros da sede do município que estiveram presente.

Assim como aconteceu no prédio do CRAS no centro da cidade, varias equipes da prefeitura foram deslocadas para os demais povoados do município, para entregar as cestas básicas para população carente da zona rural. Ate o final da tarde de hoje as equipes pretendem alcançar todos os povoados.

A prefeita Thalita Dias enfatizou que essa ação é muito gratificante para gestão, que está alegrando a páscoa de diversas famílias carentes do município. “Temos o dever enquanto gestora de cuidar da nossa população, principalmente a mais carente. E nesse momento em que celebramos a Páscoa é que poder trazer um sentimento de esperança e de conforto a essas famílias que com essa cesta básica terão como alimentar suas famílias. Isso nos fortalece a trabalharmos ainda mais, de forma a garantir o mínimo de dignidade a essas pessoas. Desejo a todas as famílias aguadocenses uma páscoa de amor e união”, externou a prefeita Thalita Dias.

Com este gesto simples gesto, a administração consegue melhorar a Semana Santa de várias famílias aguadocenses, proporcionando alimentação a todos, e fazendo uma ação de cidadania e solidariedade.

Acompanharam a prefeita na distribuição das cestas a Secretária de Educação Rosária Dias, Selenir Freitas coordenadora do CRAS, assessores e funcionários do município.

Fonte: Blog Edu Santos

 

Maranhão tem o 8º maior aumento do Brasil no índice de qualidade de vida

Rua Digna é uma das ações do Plano Mais IDH. (Foto: Fellipe Neiva).

Um novo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizado em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e com a Fundação João Pinheiro, revela que o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do Maranhão teve a 8º melhor variação do país, entre 2016 e 2017.

O índice subiu de 0,682 para 0,687 no Estado e evidencia o resultado positivo de políticas públicas de enfrentamento às desigualdades sociais, como o Programa Escola Digna, a Força Estadual de Saúde, os Iema’s, ações na agricultura familiar e o Plano Mais IDH, lançado pelo governador Flávio Dino em 2015, com foco nas 30 cidades mais carentes do Estado. Os números são parte do recém-lançado “Radar IDHM – Evolução do IDHM e de seus índices componentes no período de 2012 a 2017”.

Para o secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, coordenador executivo do Mais IDH, “o Governo do Estado, a partir do reconhecimento dos atrasos e das desigualdades históricas no Maranhão, frutos de políticas e gestões desastrosas, criou estratégias para enfrentar o problema”. Hoje, mesmo em uma situação de crise econômica nacional, nosso desempenho na variação do IDHM é melhor que o de Estados tradicionalmente ricos, como São Paulo, Santa Catarina, Paraná e o Distrito Federal”, disse.

O Ipea é um instituto vinculado ao Ministério da Economia, do Governo Federal. O IDHM mede a qualidade de vida da população. Ele vai de zero a 1. Quanto mais alto o índice, melhor o desempenho do Estado ou país. O Instituto não fez a comparação com anos anteriores a 2016, pois houve mudança na metodologia base de indicadores usados para calcular o IDH.

Desempenho por área

O levantamento mostra a evolução do Maranhão em todos os indicadores analisados entre 2012 e 2017.  No subíndice educação, que mede escolaridade e frequência escolar, o aumento da nota do Maranhão foi o 3º melhor do Brasil, com variação de 11,99% (de 0,609 a 0,682). “As maiores tendências de aumento [para o IDHM Educação] foram observadas no Amazonas (0,100), no Pará (0,076) e no Maranhão (0,073)”, diz o estudo do Ipea.

Em 2015, o Governo do Estado lançou o programa Escola Digna, maior esforço da história do Estado para construir, reconstruir e reformar escolas em todo o território, além de qualificar a rede escolar e diminuir a evasão e número de analfabetos.

Desde então, mais de 800 Escolas Dignas foram entregues. Além disso, o Maranhão adotou uma política de valorização dos professores, que inclui o pagamento do maior salário para a rede pública estadual em todo o Brasil.

No subíndice longevidade (expectativa de vida ao nascer), o Maranhão foi o 6º melhor colocado (com variação de 3,24% no período avaliado); já no subíndice renda, o Estado ficou classificado em 4º lugar (com melhora de 0,16%).

Plano Mais IDH

O Mais IDH é um Plano de Governo para redução da extrema pobreza, com promoção de justiça social e cidadania para as populações mais vulneráveis do Estado. É focado em melhorar a qualidade de vida dos maranhenses, com recorte inicial nos 30 municípios de menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal IDHM do Estado.

Através do Plano Mais IDH, mais de 30 ações de Governo são desenvolvidas desde 2015, incluindo a construção de casas, Escolas Dignas, Sistemas de Abastecimento de Água, Ruas Dignas, atendimentos médicos, assistência técnica e extensão rural, dentre outros. O Plano desenvolve ações em diversas áreas, como saúde, educação, infraestrutura e produção agrícola.

O Imparcial: Bita do Barão morreu?

Notícias de que o babalorixá supostamente faleceu correm nas redes sociais. Será que é verdade?

Reprodução

Por: Ana Maria Bruzaca em O Imparcial

O maranhense, Wilson Nonato de Souza, o Bita do Barão, é um dos pais de santo mais conhecidos do Brasil. Com 108 anos, o estado de saúde do babalorixá foi considerado gravíssimo pelos médicos de um hospital de Teresina, onde ficou 10 dias internado.

De acordo com parentes de Bita, os médicos não deram esperanças para a sua melhora e ele foi levado em UTI Móvel para sua residência em Codó, capital brasileira da umbanda. Nas redes sociais, familiares deram um recado para aqueles que possuem interesse em visitar o mestre:

Em sua residência, no Palácio de Iansã, diversos rituais são realizados, de incorporações até consultas. Boatos correm que figuras históricas como Fernando Collor de Melo e Michel Temer já visitaram o terreiro do babalorixá.

Os familiares de Bita continuam atualizando as redes sociais e diversas caravanas de vários locais do país já estão se organizando para tentar encontrar o pai de santo ainda com vida.

Chegando a hora de malhar o Judas

Imagem de internet

Em clima de Semana Santa e da tradição de malhar um Judas nesse período espera-se criatividade dos araiosenses como protesto a tanta coisa ruim já feita ao povo araiosense sob a batuta de Dom Bigodon.

Se malhar o Judas é uma forma de manifestar nossa revolta pela traição dele ao Mestre Jesus, creio que ninguém mais traiu o povo araiosense do que o médico, que tantas esperanças despertou e tantas promessas fez que não cumpriu até agora.

Agora esperar que cara terá os judas que vão está pendurados no sábado de aleluia.

Alan García, ex-presidente do Peru, se mata após receber ordem de prisão por caso da Odebrecht

Jornal do Brasil

SYLVIA COLOMBO

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O ex-presidente peruano Alan García (1985-1990 e 2006-2011) morreu após ter dado um tiro na cabeça numa tentativa de suicídio quando soube que a Justiça havia pedido sua prisão preliminar por dez dias.

Segundo o hospital Casimiro Ulloa, em Lima, a bala entrou e saiu de sua cabeça. Depois disso, o ex-presidente teve três paradas cardíacas e morreu, no final da manhã.

É o primeiro suicídio de um acusado do escândalo Lava-Jato. A prisão preliminar seria um passo anterior a uma prisão preventiva, o que significa que a Justiça considera que o suspeito pode obstruir a investigação e ainda está recolhendo provas.

Ex-presidente peruano Alan García em Lima (Foto: REUTERS/Guadalupe Pardo)

García era acusado de envolvimento no escândalo da empreiteira brasileira Odebrecht, que declarou ao Departamento de Justiça norte-americano ter pago US$ 29 milhões em propinas e caixa 2 no país.

A polícia chegou à casa dele, no bairro de Miraflores, em Lima, na manhã desta quarta-feira, às 6h25.

O ex-presidente, então, teria subido até seu quarto, dizendo que iria telefonar para seus advogados. Em seguida, os guardas ouviram o disparo, encontraram-no ferido e o levaram para o hospital. Após a cirurgia, o político teve três paradas cardíacas.

O ex-presidente já havia tentado escapar da Justiça antes, ao pedir asilo ao Uruguai, em novembro. O presidente uruguaio Tabaré Vázquez, porém, se recusou a aceita-lo.

Alan García era investigado por dois casos relacionados à Odebrecht. O primeiro está ligado aos aportes de campanha ilegais realizados pela Odebrecht nas eleições presidenciais de 2006, que García venceu. Para isso, a empreiteira brasileira teria pago US$ 200 mil.

O segundo envolve a licitação das obras da linha 1 do metrô de Lima. Em 19 de fevereiro de 2009, García convocou uma reunião ministerial de emergência, no mesmo dia em que havia se encontrado com um operador da Odebrecht, Jorge Barata. Alguns meses depois, García emitiu um decreto concedendo a licitação da obra da linha 1 do metrô de Lima a um consórcio do qual a Odebrecht fazia parte.

A Procuradoria peruana ainda investiga se o pagamento de US$ 100 mil que a Odebrecht fez a García por uma conferência na Fiesp (Federação de Indústrias de São Paulo), em São Paulo, em 2012, está relacionado a pagamentos ilícitos em troca de benefícios à empreiteira brasileira.

No começo deste mês, García disse, em entrevista ao jornal El Comercio, de Lima, que não havia elementos para sua prisão. “É tudo especulação. Com especulações não se priva uma pessoa da liberdade. É uma grande injustiça.”

Desde que começou a ser investigado, García havia informado à Justiça que só havia se reunido com Marcelo Odebrecht e representantes da empresa uma vez. Investigações das agendas do então presidente, porém, revelaram que havia ocorrido pelo menos 5 encontros.

Em 2017, Marcelo Odebrecht, disse, em sua delação, que as iniciais AG, que apareciam nas listas de suborno da empresa se referiam a Alan García.

Desde novembro, García já estava impedido de sair do país e pairava sobre ele a expectativa do pedido de prisão, que se concretizaria na manhã desta quarta-feira (17).

García era líder do tradicional partido Apra (Aliança Popular Revolucionária Americana), que nasceu como um partido de centro-esquerda, mas que foi migrando para a centro-direita com o tempo. Era classificado por muitos como um líder populista no Peru. O Apra têm grande influência ainda na política e na Justiça local, o que explica porque ele foi um dos últimos presidentes peruanos envolvidos no caso Odebrecht a ter ordem de prisão.

Durante seus mandatos anteriores, García também foi acusado de ter vínculos com o narcotráfico operado por dissidentes da antiga guerrilha do Sendero Luminoso.

O Peru é um dos países mais afetados pelo escândalo de corrupção da Odebrecht, que admitiu ter pago 29 milhões de dólares em subornos ao longo de três governos peruanos, incluindo o segundo de García.

Devido ao caso Odebrecht também estão sendo investigados os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), que fugiu para os Estados Unidos e enfrenta um pedido de extradição, e Ollanta Humala (2011-2016), preso por um ano e que agora responde ao processo em liberdade condicional.

O ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), que renunciou em março de 2018 após denúncias de corrupção, foi preso na semana passada, em 10 de abril, de forma temporária. PPK (como é conhecido) pediu nos últimos dias para ser transferido para uma clínica, por estar com hipertensão.

MORTES NA COLÔMBIA E NA BAHIA

Na Colômbia, houve três mortes relacionadas ao caso, todas por ingestão de cianureto, no fim de 2018. Os mortos foi Jorge Henrique Pizano, testemunha no processo e um dos auditores da obra da estrada Rota do Sol, que teria sido usada para desviar dinheiro. Pouco depois, seu filho Alejandro morreu.

Semanas depois, outra testemunha chave do caso, Jorge Merchán, que foi secretário de transparência durante o governo Santos e deporia sobre o caso, também morreu após ingestão de cianureto.

Em janeiro de 2018, José Roberto Soares Vieira, testemunha da Lava Jato no Brasil foi morta com nove tiros na Bahia. Ele era dono de uma empresa de transportes

Moro joga uma casca de banana diante de si mesmo

Por Fernando Brito no TIJOLAÇO

O ato de Sérgio Moro colocando a Força Nacional de Segurança de prontidão para atuar na manifestação de indígenas marcada para a semana que vem, na Esplanada dos Ministérios é, além de revelador de sua intolerância, uma tremenda “casca de banana” para o ex-juiz, jogada por ele mesmo.

É claro que o fez por ordem de Jair Bolsonaro, que atacou o encontro dos indígenas, segundo ele pago por dinheiro público. Como seria este pagamento, claro, não disse e a coordenação do movimento nega, afirmando que seus recursos provêm de doações e de uma “vaquinha virtual

Poderia ter articulado uma solicitação do Governo do Distrito Federal para dar apoio à Polícia Militar, mas se pôs à frente de um possível confronto, no qual, pelo que conhecemos de nossas forças policiais, pode descambar fácil, fácil, para violência.

E machucar índios, embora tenha sido uma das práticas prediletas da chamada “civilização ocidental” nos últimos séculos,  hoje, é passaporte fácil para o território da maldição na mídia internacional, onde Moro está acostumado a ser incensado.

Vai fazer companhia a Bolsonaro como persona non grata em universidades e encontros internacionais.

“Rugas com a congi” é só uma brincadeira perto da encrenca que isso será.

Petrobras já pagou R$ 14,8 bi nos EUA por causa da Lava Jato, valor que supera várias vezes o recuperado pela operação

Por Vinícius Segalla no DCM

O último balanço oficial da Petrobrás, publicado em 27 de fevereiro, ou seja há mais de um mês, traz uma informação que passou batida pela imprensa brasileira. Quanto a empresa já pagou nos Estados Unidos de multas por causa da Operação Lava Jato.

O valor é gigantesco: 3,8 bilhões de dólares ou 14,85 bilhões de reais (ao câmbio atual).

Se no Brasil os procuradores de Curitiba atuam com o discurso de combate à corrupção na Petrobrás e defesa da empresa, ao mesmo tempo forneceram nos Estados Unidos material e testemunhas (delatores premiados) em ações onde a Petrobrás não é a vítima, mas ré nos processos.

Ou seja, os promotores brasileiros, em acordos de cooperação que por muito tempo correram em sigilo protegido por Sérgio Moro, atuaram como auxiliares de acusação contra a Petrobrás nos Estados Unidos.

Essas ações forçaram a estatal brasileira a fechar acordos com diferentes autoridades norte-americanas, resultando em multas muito superiores ao valor recuperado pelo MPF de delatores e empresas que fecharam acordo de leniência no Brasil.

No balanço da Petrobrás, publicado na imprensa em 27 de fevereiro, os valores devolvidos pela Lava Jato para Petrobrás aparecem em negrito e somam R$ 3.24 bilhões de reais. Esses valores foram dados em vários eventos públicos com a presença do então presidente da empresa, Pedro Parente e Deltan Dallagnol, e fotos de cheques para a imprensa.

Já os valores pagos nos Estados Unidos aparecem separados e em dólares, mas somam valores muito superiores. Tem os famosos 2,5 bilhões de reais já pagos (equivalentes a 682,6 milhões de dólares) que seriam destinados para a Fundação controlada pelo MP de Curitiba, como parte do acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Esse dinheiro está suspenso por determinação do Supremo Tribunal Federal, que concluiu que a Lava Jato não poderia assinar o acordo com autoridades estrangeiras em nome do Brasil sem o devido processo legal, nem seria a destinatária dos recursos que o acordo diz deverem ir para “autoridades brasileiras”.

Tem também 333 milhões de reais pelo câmbio de hoje (85,3 milhões de dólares) para o Departamento de Justiça americano e o mesmo valor para a Security Exchange Comission (SEC), o equivalente americano da CVM, que fiscaliza o mercado de ações.

Mas a maior parte do dinheiro, 2,95 bilhões de dólares, equivalentes ao câmbio de hoje a 11,5 bilhões, foi dado no acordo assinado por Pedro Parente em janeiro de 2018 com os acionistas minoritários americanos que entraram com uma ação coletiva de reparação (class action) contra a empresa, baseados nas informações da Lava Jato. A última parcela do acordo foi paga em janeiro de 2019.

Ou seja, em uma conta simples, de padaria, há um saldo negativo entre o que saiu dos cofres da Petrobrás por conta da Lava Jato e o que entrou de 11,61 bilhões de reais, sem considerar por exemplo, percentuais de participação dos advogados da Petrobrás nos valores recuperados pela Operação.

Ou o dano de imagem para a Petrobrás causado pela Lava Jato, ou o custo dos projetos parados pela operação, ou reduções de valor de ativos no balanço da empresa.

Também não existem números precisos, quanto mais independentes, de quanto teria sido desviado da Petrobrás pela corrupção antes da Operação.

A Polícia Federal, em laudo de 2015, trabalha com números entre R$ 6,4 bilhões e R$ 42,8 bilhões, mas tais números não são fruto de provas contábeis.

São estimativas de projeção no contato, com o valor mais baixo indo de uma estimativa de 3% de desvio e o mais alto de 20% de desvio que foram aplicados linearmente em uma série de contratos.

Valores baseados principalmente em uma planilha produzida por Pedro Barusco especialmente para a Operação durante a negociação de seu acordo de delação premiada. Barusco devolveu 100 milhões de dólares desviados em acordo de delação. E depôs nos Estados Unidos contra a Petrobrás, levado pelos promotores brasileiros.

Ribamar Corrêa: Flávio Dino alerta que a Democracia está ameaçada por causa da crise econômica e dos tropeços do Governo Bolsonaro

Por Ribamar Corrêa

A democracia do Brasil encontra-se sob risco. O alerta, feito em tom sereno, mas grave, é do governador Flávio Dino (PCdoB), para quem a estagnação econômica medida nos três primeiros meses do Governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), associada à falta de medidas fortes para estimular a retomada da economia e à inanição da máquina pública e o incentivo à violência social e ao ódio político formam um caldeirão que pode resultar numa ditadura.  “O Brasil está parando e lamento que alguns não queiram ver”, disse o governador, lamentando o colapso das finanças públicas, que vem resultando na desativação dos serviços públicos federais. Para o chefe do Governo do Maranhão, cenário produz terreno é fértil para estimular a implantação gradativa de um Estado militar e policialesco no Brasil, que pode desembocar no desmonte do Estado Democrático de Direito, caminho certo para a implantação de um regime de força.

– Tiros, armas, a ideia falsa de que somente militares nos salvarão, violência e ódio para todos os lados, o suposto horror à ‘velha política’. Receita que pode conduzir a uma ditadura aberta – observou Flávio Dino, temendo que esses estopins, associados à ineficiência dos serviços públicos e ao sentimento de desesperança da população, produzam o desmente do Estado Democrático de Direito no País.

Os exemplos registrados nos primeiros 116 dias do Governo Jair Bolsonaro mostraram um presidente absolutamente despreparado para comandar um País tão grande, diversificado e complexo como o Brasil. O capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro passa a impressão de que nada aprendeu sobre o Brasil quando esteve na ativa e nos 36 anos que passou na Câmara Federal. Os dois exemplos mais recentes – a intervenção intempestiva e descabida na Petrobras para suspender um aumento no preço do óleo diesel, desmoralizando publicamente a direção da empresa, que nada mais fez do que seguir as regras,  e o gesto de proibir os fiscais do Ibama de destruir caminhões e máquinas apreendidos na selva nas operações de combate à extração criminosa de madeira, que certamente foi comemorada com grande festa pelos criminosos dessa área em todo o País, inclusive no Maranhão – são reveladores do despreparo do capitão da reserva quanto à moderação e às cautelas que devem mover um chefe de Estado, principalmente em relação a questões de tamanha gravidade.

O Governo Bolsonaro não encontrou rumo até agora. Por absoluta falta de preparado do presidente, o Governo não tem uma política econômica clara – pois apesar de montar um superministério e dispor de poderes excepcionais, o ministro da Economia não apresentou um projeto concreto para reativar a economia -, não tem um projeto para a Educação, ninguém sabe o que anda fazendo o ministro da Saúde, o ministro do Turismo virou suspeito com a Polícia Federal no seu encalço por desvio de milhões do Fundo Eleitoral no partido do presidente (PSL), o ministro da Infraestrutura fala muito e nada concretiza, e por aí vai. E o chefe do Governo, além de passar bom tempo tuitando, adotou uma política externa que está assombrando a maior parte do corpo diplomático brasileiro ao comprar briga com a China e com os povos árabes em favor de Israel e mergulhar o País na crise da Venezuela, além de ter adotado uma atitude quase submissa ao Governo republicano e conservador de Donald Trump nos EUA – se os democratas voltarem ao poder, o presidente brasileiro vai ficar numa situação delicada. E o pior é que a situação só tende a se agravar.

Tudo isso está acontecendo em meio a uma situação de forte tensão social, com desemprego aumentando, a economia travada e uma forte ameaça de desordem no ar, que se manifesta na crise do Rio de Janeiro, por exemplo. Os problemas, – cujas soluções de curto, médio e longo prazos dependem de ações do Governo – se avolumam, formam esse bolsão bombástico rascunhado e apontado pelo governador Flávio Dino como a grande ameaça à Democracia com a qual os brasileiros se reencontraram depois de amargarem uma ditadura militar de 21 anos. Daí ser um gesto de sensatez política – independentemente da cor partidária – dar a devida atenção ao que diz o governador do Maranhão, uma das vozes mais firmes e equilibradas da política brasileira na atualidade.