Posse de Luís Fernando Silva, Simplício Araújo, Luís Porto e Enos Ferreira na equipe de Flávio Dino vira ato de forte conotação política

Flávio Dino emoldurado por Luis Fernando Silva, Mical Damasceno, Enos ferreira, Pedro Lucas Fernandes, Carlos brandão, Luis Fernando Silva, Eliziane gama, Eudes Sampaio, Cleide Coutinho e Luis Porto apos o ato de posse no Henrique la Rocque

Por Ribamar Corrêa

Muito mais que um ato administrativo, a posse dos secretários Luis Fernando Silva (Projetos Especiais), Simplício Araújo (Indústria e Comércio), Enos Ferreira (Relações Institucionais) e Luis Porto (Região Tocantina) e José de Ribamar Mendes (Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial ao Maranhão –  Inmeq), ontem, no Palácio Henrique de la Rocque, foi um evento de forte conotação política. Primeiro porque, com a reforma administrativa, feita por meio de engenhosas mexidas nas pedras da sua base partidária, o governador Flávio Dino (PCdoB) conseguiu abrigar no Governo representantes de todos os partidos da aliança que lidera, exibindo uma musculatura política excepcional. E depois, Luis Fernando Silva foi empossado como uma espécie de quadro diferenciado, em condições efetivas de contribuir o fortalecimento do Governo. E, finalmente, porque o auditório foi tomado por partidários do agora ex-prefeito de São José de Ribamar, numa clara indicação de que ele está longe da aposentadoria política.

Com uma habilidade verbal cada vez mais afinada, o governador Flávio Dino saudou os novos secretários com um discurso no qual usou diversas reflexões para reafirmar os princípios democráticos e o senso de justiça social e a natureza ética do seu Governo, assinalando que cada centavo do contribuinte tem sido destinados a programas voltados para os que de fato precisam da ação do Governo. E nesse sentido destacou, “especialmente, a incorporação do ex-prefeito Luís Fernando, uma liderança política e administrativa atestada e provada há muitas décadas”. E prosseguiu com o cuidado de saudar, com expressões adequadas e palavras de apreço, a todos os novos membros do Governo, notadamente a Simplício Araújo, que deixou a Câmara Federal para comandar pela terceira vez a pasta da Indústria, Comércio e Energia, e ao vice-governador Luis Porto, que foi vice-governador de Jackson Lago (PDT).

Na sua fala, o governador destacou o caráter social do seu Governo, as dificuldades que enfrenta e as conquistas que contabilizou até agora. Flávio Dino não falou como um mero chefe de Governo. Suas palavras foram as de um gestor bem-sucedido e de um líder político que tem plena consciência do papel que exerce num processo de transformação. Falou para um auditório se reuniram a senadora Eliziane Gama (PPS), deputados federais, deputados estaduais – estes capitaneados pela Cleide Coutinho, que representou o presidente Othelino Neto (PCdoB) -, prefeitos e vereadores. E pela entusiasmada reação dos presentes, Flávio Dino tem sua liderança cada vez mais consolidada.

Luis Fernando foi distinguido e falou em nome dos demais secretários

Luis Fernando Silva falou pelos novos secretários. Muito à vontade, e dando mostras de que tirou um fardo das costas ao renunciar a Prefeitura de São José de Ribamar, o novo secretário de Programas Estratégicos (Sepe) declarou: “Eu fico muito honrado com o convite e vamos dar o melhor de nós, como sempre fizemos, para colaborar com este grande Governo, que a cada dia constrói um Maranhão de todos nós”. Fez poucas referências a São José de Ribamar, preferindo centrar sua fala em destacar o governador Flávio Dino, a sua liderança e o sucesso da sua gestão. A prometeu se dedicar ao máximo à tarefa de buscar investimentos com o objetivo de fortalecer a economia estadual e, assim, dar ais força à gestão dinista.

Em nenhum momento o governador Flávio Dino falou sobre o cenário político estadual, dizendo apenas que as circunstâncias e as dificuldades têm-no feito manter permanentemente o foco no Governo, observando que “as eleições de 22 estão muito distantes”, e que trabalha com a realidade segundo a qual “cada dia com sua agonia”. Em outra abordagem sobre político, se disse satisfeito porque, ao contrário do que muitos pensam, acha “muito bom” que na sua base política e partidária existe mais de uma dezena de nomes candidato. “Isso é muito bom. Problema seria se não tivesse nenhum”, disse Flávio Dino, que não emitiu qualquer sinal de que tem reservado um papel político-eleitoral para Luis Fernando Silva, limitando-se a afirmar que esperar “uma grande contribuição”.

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