Nasce uma nova esperança de navegabilidade para o Santa Rosa

Em reunião no povoado Farias, engenheiros da AHINOR apontaram as soluções que devem ser buscadas para resolver um problema que já dura há décadas.

Na tarde de quinta-feira (08), talvez se tenha dado o passo mais importante dos últimos anos, para por fim ao estrangulamento do Rio Santa Rosa – na verdade um braço do Rio Parnaíba – que já dura décadas.

Justifica-se esse otimismo após a reunião realizada no bar e restaurante do Luís Valério, na localidade Farias, onde esteve presentes os engenheiros Rafael Araújo Santos – Coordenador Geral da AHINOR – Administração das Hidrovias no Nordeste no Maranhão e José de Ribamar Cantanhede – Coordenador de Engenharia da unidade descentralizada do DNIT, fazendeiros, trabalhadores rurais da região e produtores de leite do Remanso e lideranças políticas de Araioses, entre elas o vereador Arnaldo Machado.

Eng. João Henrique anfitrião do encontro abre a reunião da tarde de quinta-feira

Assunto em questão, o assoreamento da nascente do Santa Rosa, situação que ocorre na maior parte do ano e que não só inviabiliza qualquer possibilidade de navegação no rio, como também o ocorrimento da salinização das águas inviabilizando-a não só para o consumo humano, como para uso na irrigação e até para aproveitamento animal.

Os engenheiros da AHINOR vieram a região atendendo a um convite do engenheiro João Henrique Freitas Mello – um dos produtores de leite da região, porém antes desse encontro, como foi colocado pelo  Eng. Ribamar, várias lideranças políticas de Araioses acompanhados de deputados que são votados aqui, estiveram no órgão em São Luís em busca de uma solução para o grave problema do Santa Rosa.

Eng. Rafael Araújo Santos – coordenador geral da AHINOR no Maranhão

A reunião teve início a partir das 15 horas, quando o engenheiro Rafael Araújo Santos – coordenador geral da AHINOR no Maranhão fez breve explanação dos motivos de estarem ali passando em seguida a palavra para o Eng. Ribamar Cantanhede – Coordenador de Engenharia, que fez um histórico e a mais esclarecedora palestra sobre o porquê das causas de assoreamento quem vem ocorrendo no Santa Rosa ao logo dos anos.

Segundo Ribamar, dois trabalhos – paliativos – vão ser realizados agora. Primeiro a limpeza do rio que aquela altura já estava licitada e a remoção de sólidos para desobstruir a nascente do rio que foi licitado ontem sexta-feira (09) e que deve ser iniciada no próximo dia 25.

Pelo que foi colocado na reunião, esse trabalho só vai ser realizado porque a pressão foi grande e pela urgência que o problema exige.

Eng. Ribamar Cantanhede – Coordenador de Engenharia da AHINOR no Maranhão fez uma palestra onde mostrou as alternativas de fazer voltar a navegação no Rio Santa Rosa

Ribamar disse que a  AHINOR já estourou o orçamento do ano e que os recursos para essa obra emergencial foram deslocado de outro serviço, que estaria para ser feito em outro rio maranhense.

O que vai ser feito é um serviço paliativo, mas que a AHINOR já trabalha num estudo do que deverá ser feito no futuro para uma solução que resolva em definitivo o problema da nascente do Santa Rosa.

Ribamar falou em algumas possibilidades, mas não denominou nenhuma como a solução que deverá ser adotada, pois só o estudo que vai ser feito é que vai indicar qual a melhor obra deverá ser executada, ou seja a construção de espigões ou cavar um novo canal mudando o curso da nascente do rio.

Trecho do Rio Santa Rosa no local aonde foi realizada a reunião

A situação do Santa Rosa que sempre foi tida como de abandono não parece ser o que ocorre agora. Ribamar citou nominalmente várias lideranças políticas de Araioses que tem visitado a AHINOR em São Luís em busca de solução para o problema do rio.

Vereadores Denys de Miranda, Felipe Pires acompanhados do deputado Hildo Rocha, Arnaldo Machado na companhia do deputado Pedro Fernandes e por último agora o Eng. João Henrique, todos uniram forças no que possibilitou chegarmos a um momento que aponta para uma saída do problema existente há décadas e que parecia não ter mais solução.

Ao final da palestra Ribamar, para fazer justiça disse que a “A AHINOR realizou ações de desobstrução no ano passado, mas devido ao caráter periódico da hidrodinâmica local e em função de um inverno rigoroso não previsto, a ação não surtiu os efeitos esperados”. Essa obra foi realizada com recurso retirado do próprio órgão (DNIT) em Brasília. Tal ação foi resultado da articulação política dos deputados federais Pedro Fernandes e Junior Marreca a pedido do prefeito de Araioses, que estiveram em Brasília junto ao Diretor de Infraestrutura Aquaviaria (Erick Moura), do DNIT, que conseguiram o recurso para a realização da ação que foi feita ano passado na tentativa de desobstruir o trecho do rio.

Também vale registro à posição louvável de fazendeiros da região que se colocaram favorável a qualquer estudo para viabilizar a navegação do rio, mesmo que se tenha que mudar o curso do mesmo.

Chaga Aurélio, dono da Fazenda Remanso, disse que se tiver de abrir um canal por dentro de sua propriedade não vai criar nenhum obstáculo, até porque houve quem dissesse que isso ocorrer ele terá parte de suas terras divididas, mas que ganhará uma ilha.

A moradora Bina Ridlon quis saber aonde seria colocado agora a areia tirada do rio, Ribamar disse que bem longe da margem, no que o Eng. Gustavo Pires disse que mesmo em prejuízo de sua parte, ele autorizava que todo esse material fosse colocado do lado do rio em que estão suas propriedades para dificultar o retorno dessas ao local de onde foram tiradas.

Sem sombra de dúvida os presentes a reunião ficaram satisfeitos e conscientes do que melhor tem que ser feito para que o velho Santa Rosa, mesmo não voltando a situação de navegabilidade que já teve no passado, pelo menos não estrangule todos os anos como tem ocorrido nas últimas décadas.

Abaixo imagens de parte do visual apresentado na reunião pelo Eng. Ribamar Cantanhede, que mostra a situação evolutiva do assoreamento do Rio Santa Rosa e possíveis soluções que poderão ser tomadas:

1 pensou em “Nasce uma nova esperança de navegabilidade para o Santa Rosa

  1. Enquanto os moradores ribeirinhos do Rio Santa Rosa em toda sua extensão continuar fazendo roças nas margens desse Rio, fazendo assoreamento, e os invernos com chuvas abaixo da média, e a ganância de empresários tabuleiros litorâneos onde enormes bombas sungam milhões e milhões de litros de água do Rio Parnaíba, nunca mais teremos o Rio Santa Rosa perene durante o ano todo, nos anos; 60,70,80 e até a década de 90 tínhamos esse Rio navegável, ainda não tínhamos esse projeto tabuleiros litorâneos, Podem fazer o que quiserem, não vai resolver o problema, só se tivermos bons invernos.

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