“A gente só tem a agradecer”, diz professor sobre regulamentação do Magistério Indígena

Professor indígena Zezico Rodrigues Guajajara fala sobre a importância de ter a profissão regularizada – Fotos: Divulgação

O futuro da educação indígena passa pela construção do instrumento que vai regulamentar a carreira do magistério indígena. Esse é o objetivo dos Encontros para a Elaboração do Ato Legal para a Instituição e Regulamentação da Profissionalização e Reconhecimento do Magistério Indígena, que iniciou nesta segunda-feira (26) em São Luís.

Professor há 21 anos, Zezico Rodrigues Guajajaras carrega a esperança de ver a profissão valorizada. “Para nós professores indígenas isso é muito importante. Depois de quase 30 anos, finalmente está chegando esse momento e a gente só tem a agradecer a esse Governo que está promovendo esse encontro”, afirmou o professor guajajara da Terra Indígena Araribóia.

Professores de várias etnias participam do Encontro para regularização do Magistério Indígena

A elaboração do Ato Legal e a discussão sobre a regulamentação profissional dos professores indígenas durará oito dias e é um marco para a categoria, como diz a técnica da supervisão indígena escolar, Raimunda Mota. “Esse é um momento ímpar na educação escolar indígena do Maranhão, nós temos no Maranhão mais de mil professores que não tem a sua categoria reconhecida, e agora nós temos esse momento, que é um privilégio estar participando, e que vai se desdobrar com o concurso público”, afirma a técnica.

“Eu acredito que as populações só têm a ganhar, a educação escolar indígena também, a categoria será criada, e isso será um momento de grande importância para os povos indígenas e para a educação escolarizada”, declara Raimunda.

Os encontros contam com professores indígenas das diversas etnias e representantes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), do Conselho Estadual de Educação (CEE), da Secretaria do Estado de Direitos Humanos (Sedihpop), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Ministério Público Federal e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e seguirão até a próxima terça-feira (6) com uma vasta programação.

“Esse vai ser um tempo proveitoso, de trabalho, de conhecimento, de discussão e nós vamos finalizar o nosso trabalho para encaminhar para a Casa Civil, onde lá terá uma outra comissão que deve fazer toda a parte legal para que seja publicado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Educação Indígena do Maranhão”, disse a supervisora da Educação Escolar Indígena em exercício, Rosileia da Silva Saraiva.

Por Nayara Vieira

Fonte: Seduc

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