Governo discute plano estadual de erradicação da sífilis congênita no Maranhão

Técnicos da SES apresentam metas para elaboração do Plano Estadual de Redução da Sífilis Congênita no Maranhão

O Governo do Estado está discutindo as metas para elaboração do Plano Estadual de Redução da Sífilis Congênita no Maranhão. Nesta segunda-feira (27), o poder público reuniu técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para definir, de forma coletiva, as diretrizes do plano para o aprimoramento das políticas públicas, com foco na prevenção da sífilis congênita.

“A ideia é realizar uma grande mobilização social e institucional para enfrentamento deste desafio em saúde pública, pois é imperativa a necessidade de se controlar o processo epidêmico da sífilis, principalmente interromper a cadeia de transmissão vertical da doença”, afirmou Jocélia Frazão, chefe do Departamento de Atenção às DST/AIDS e Hepatites Virais da SES.

O Plano de Erradicação da Sífilis Congênita do Maranhão estabelece diversas estratégias a serem implementadas a partir de 2018. A meta de melhorar a qualidade da atenção à saúde da mulher e do seu filho durante a gestação e o puerpério (período de 6 a 8 semanas pós-parto durante o qual o corpo retorna ao estado pré-gravidez).

Um dos objetivos do Plano Estadual é aumentar o número de testes, principalmente nas grávidas. Isso porque a identificação ainda no primeiro trimestre da gestação, aliado ao tratamento adequado impedem a transmissão da doença da mãe para o bebê.

Para garantir o tratamento oportuno e adequado da sífilis gestacional, o plano prevê a intensificação da busca ativa das gestantes faltosas e a orientação para que instituam a ficha de acompanhamento da sífilis gestacional, a ser anexada ao Cartão da Gestante.

Outras ações pretendem investigar e tratar o recém-nascido antes da alta; conhecer e acompanhar os casos, sistematizar os dados e monitorar o tratamento da gestante; conhecer as vulnerabilidades dos serviços envolvidos no atendimento às pacientes com sífilis gestacional.

Além disso, os municípios devem investigar os casos de sífilis congênita para o fortalecimento do diagnóstico da sífilis gestacional; promover a formação e a atualização dos profissionais de saúde da Atenção Básica em relação ao diagnóstico e tratamento da sífilis com vistas a melhorar a qualidade do atendimento pré-natal, entre outras medidas.

Monitoramento

No Brasil, 100 cidades concentram 60% dos casos de sífilis. Na lista, divulgada pelo Ministério da Saúde, aparecem três cidades do Maranhão: São Luís, Paço do Lumiar e Timon. Segundo o governo federal, os 100 municípios terão R$ 200 milhões garantidos no orçamento do Ministério da Saúde. O recurso será aplicado para erradicar a doença.

Dentre as diversas ações e atividades previstas se destacam o incentivo e o apoio aos municípios para realizar campanhas de educação em saúde para prevenção da sífilis; reforçar as orientações sobre a sífilis nas situações em que o casal procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS); convidar o parceiro para acompanhar a gestante às consultas.

Por Michel Sousa

Fotos: Francisco Campos/SES

Fonte: SES

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