Vejo com muita apreensão os exageros que ocorreram nas manifestações recentes, que a mídia conservadora nacional vem mostrando com os devidos temperos que a ela convém.
Esse filme eu já vi e não me interessa a sua reprise.
O noticiário das grandes redes de televisão do País seguindo o script de seus senhores, tem dado ênfase no quebra-quebra feito por infiltrados e minimizam descaradamente, que por trás desse movimento está a vontade da maioria dos brasileiros, que não aceitam mais um presidente sem nenhuma legitimidade, depois estourou o rol de escândalos nos quais ele está envolvido até a medula.
Ed Wilson Araújo, jornalista e professor de comunicação social da Universidade Federal do Maranhão – UFMA retratou muito bem essa situação em postagem no seu blog ontem, que reproduzo abaixo:
OS PIORES VÂNDALOS DE BRASÍLIA
Entre as pessoas que protestaram em Brasília há gente de todos os tipos: sindicalistas de centrais conservadoras e radicais, militantes profissionais, anarquistas e infiltrados.
Os autores das ações radicais ainda não foram identificados, de modo que é prematuro apontar os culpados.
Fato concreto é que houve depredação e isso implica na quebra da fronteira daquilo que se chama protesto pacífico, dentro da ordem democrática.
Porém, a interpretação dos protestos em Brasília merece uma interpretação crítica sobre o significado de vandalismo.
No dicionário, esta palavra significa baderna, depredação, arruaça e demais sinônimos.
E os outros tipos de vandalismo? Não poderiam vir das pessoas de paletó e gravata?
Prefeitos que desviam dinheiro público cometem vandalismo ao impedir o desenvolvimento dos municípios.
O que dizer da ex-alcaide de Bom Jardim, no Maranhão, que ganhou fama ao torrar o dinheiro dos munícipes em orgias consumistas pessoais?
Que tipo de qualificação recebe um deputado que desvia dinheiro de medicamentos?
Qual deve ser o nome dado ao gestor que rouba os recursos dos hospitais?
Como devem ser chamadas as quadrilhas de parlamentares que surrupiam dinheiro de estradas, praças, escolas, parques e casas de saúde?
De que maneira deve ser qualificado o gestor público que devora dinheiro da merenda escolar?
Só há uma resposta para todos eles: são vândalos da pior espécie.
Político bandido que deixa crianças com fome, prefeito que mata as pessoas por falta de atendimento nos hospitais, deputado que usurpa o erário é vândalo infinitamente pior que os manifestantes que atearam fogo em Brasília.
As quadrilhas de gestores e parlamentares que usurpam o Brasil merecem total repúdio.
São pessoas nocivas ao sentido de humanidade.
Trata-se de gente da pior espécie que merece a maior das violências – a reprovação dos seus mandatos nas urnas.
Os protestos em Brasília, se romperam a ordem democrática, foram atos isolados que jamais se igualam em quantidade e qualidade à usurpação histórica do dinheiro público, gerada pela banda podre da política.
Muito piores que os manifestantes incendiários Brasília são as elites e seus representantes no Congresso Nacional que aniquilaram a esperança dos brasileiros com a pilhagem, o roubo descarado e a usura.
Essa gente é a pior espécie de vândalo, porque mata crianças e impede o florescimento da esperança em adolescentes e jovens. E pior: anula a chance de aposentadoria para os idosos.
Neste Brasil em guerra, o pior tipo de vandalismo ocorre dentro do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, onde as hordas de canalhas conspiram dia e noite para roubar o dinheiro público.
Eles, em primeiro lugar, são as piores espécies de vândalos.