Com informações do UOL
O governo do Estado concluiu auditoria sobre o precatório assinado por Roseana Sarney (PMDB), ex-governadora, com a construtora Constran. A conclusão é de que houve pagamento de propina e prejuízo ao Maranhão, já que o acordo resultou no acerto de pagamento de R$ 114 milhões à empreiteira envolvida na operação Lava Jato.
Agora, o governador Flávio Dino vai remeter o caso para investigação da Polícia Civil, do Ministério Público do Maranhão e da Procuradoria Geral do Estado.
O advogado de Roseana, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que ela não vai se manifestar sobre a auditoria. “Os órgãos competentes que participaram é que têm de manifestar. Ela não participou da negociação e apenas assinou um ato final depois de um complexo processo, que tinha, inclusive, participação do Poder Judiciário. Foi essa instância que teve poder de decisão”, explicou.
Sobre o envio do caso à polícia e ao MP pelo governador Flávio Dino, Castro disse que também não iria manifestar. “Não falo sobre manifestações políticas. Sou advogado e me atenho apenas a questões jurídicas. Não houve nenhuma irregularidade de Roseana”, disse. “Acho a politização nesse caso lamentável.”
A auditoria concluiu que o acordo assinado entre o governo e a empreiteira foi fruto de ato de corrupção e trouxe prejuízos aos cofres públicos. Em depoimento à Polícia Federal, a contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, disse que a negociata rendeu pagamento de R$ 6 milhões de propina, que teriam sido pagas ao então chefe da Casa Civil do governo maranhense, João Abreu. Youssef foi preso em março do ano passado, em São Luís, onde estava para entregar, supostamente, propina a João Abreu.