Em Araioses vida humana não vale a vida de um animal

Cenas como essa é cada vez mais comum nas estradas de Araioses.

Quanto vale a vida de um ser humano? Para Deus vale muito, vale tudo, vale mais do que um planeta, mais do que uma estrela ou outro astro qualquer. A vida é o bem mais importante temos, mas infelizmente não é desse jeito que pensam e agem muitas das autoridades desse grande Brasil, Pátria do Evangelho.

Aqui em Araioses, pequeno território desse país continental, a vida do ser humano tem cada vez menos valor. A vida de um jumento vale mais, pelo menos é o que dizem os fatos. A perfeita Luciana Trinta, oficialmente autoridade maior do município, ao longo desses quase quatro anos que está no poder mostrou, com sobras, que a vida do araiosense pouco ou nada vale para ela.

A omissão dela diante de fatos importantes como cuidar da saúde do povo da comuna que governa (ou desgoverna) foi sua marca principal. Deixa dentro de poucos dias a prefeitura araiosense sem deixar saudades.

Voltando o tema de quanto vale um a vida a coisa está caminhando para o trágico, situação sem limites. O perigo está nas vias de comunicação terrestre do município. Nunca se viu tanto animal solto como agora: gado, cavalos, jumentos – esses então parecem que estão brotando da terra, tal a quantidade.

Praticamente todos os dias têm acidentes com esses animais. Sorte quando o resultado fica apenas nos ferimentos, escoriações, membros quebrados, que levados a Parnaíba dar-se um jeito por lá. Porém, infelizmente, nem todos tem a mesma “sorte”, pois as vítimas fatais cressem assustadoramente e as autoridades se mostram imponentes para resolver a situação.

Tempos atrás o Dr. Marcelo Fontenele Vieira, juiz da Comarca de Araioses, baixou portaria dando um prazo a todos os donos de animais que os tirassem das vias que ia do Pirangi a São Bernardo e de Araioses a Placa. Caso houvesse desobediência da decisão judicial os infratores sofreriam consequências que passava pela apreensão do animal, que para ser reavido pelo dono, esse teria que pagar multa e despesas da manutenção deles.

Houve certa redução da presença desses animais nas estradas pondo em risco a vida das pessoas, mas a situação não foi resolvida por completo. Para que a portaria do Juiz pudesse ser executada por completo dependeria muito de uma parceria com o governo municipal. Isso não houve, pois a prefeita Luciana Trinta não mostrou o menor interesse em por em prática uma norma que iria evitar muitos acidentes e o que é mais importante: salvar vidas.

Agora a situação está praticamente fora de controle. Não houve acréscimo de gado e cavalos nas pitas, mas os jumentos estão em todos os lugares. Há informações de que caminhões carregados com esses animais procedentes de municípios do Piauí estão sendo despejados nas estradas de Araioses.

São comuns a cenas (veja) de acidentes com esses animais. Três semanas atrás houve um, que por pouco, não se transforma numa grande tragédia. Léo Carvalho, funcionário da Brasil Móveis vinha de mais uma jornada de trabalho no interior do município. Ao descer de moto a baixa da Comprida, já chegando à cidade, bateu em outra moto que estava caída na pista.

O condutor dessa acabara de bater em um jumento. Leo quando viu já estava em cima e bateu feio perdendo os sentidos por vários minutos e ainda hoje não se recorda do que realmente aconteceu. “Se não estivesse com capacete eu não estava contado a história” disse ele hoje pela manhã ao blog.

Atrás dele vinha Maurão, gerente da loja, que parou para socorrer seu funcionário. Logo em seguida vinha uma senhora em outro veículo que parou atrás do carro da Brasil Móveis. Mais um veículo que vinha atrás e o choque foi inevitável. Os três veículos, sem contar as motos, sofreram avarias.

Léo se recupera do acidente. Teve a clavícula esquerda quebrada e não tem data prevista para voltar ao trabalho. A senhora que teve o carro imprensado entre os dois veículos que receber paga pelo prejuízo. A vida vale pouco.

Quanto vale uma vida?

 


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