Itamagu – Maquiavel não era maquiavélico

Faltando ainda um pouco mais de um mês para Valéria Cristina Pimentel Leal assumir a prefeitura araiosense é grande a expectativa sobre quem vai ocupar os cargos do primeiro escalão assim também sobre o aproveitamento de pessoas do grupo na a administração da jovem perfeita.

Há essa altura é bem provável que os principais cargos já tenham os nomes de quem os ocuparão a partir de 1º de janeiro. Se ainda não são de conhecimento público é porque Valéria e Manin Leal devem achar por bem que ainda não é hora de dar publicidade a eles. Alguns já são falados em conversas mais íntimas, mas enquanto não forem anunciados oficialmente não há nenhuma garantia que façam parte do futuro governo.

Há também uma acentuada preocupação de alguns sobre a possibilidade de pessoas que se envolveram diretamente na campanha ficarem de fora do governo. Quem está pensa assim não está agindo certo. Em nenhum momento, seja durante a campanha ou após a vitória, Manin e Valéria em nenhum momento deram a entender que isso ocorreria muito pelo contrario, o próprio Manin continua dizendo que vai fazer parte do governo de sua filha quem deu à cara a tapa. E tem gente que deu a cara a tapa literalmente, ou seja, apanhou mesmo.

Quem anda falando coisas que deixam o pessoal do grupo apreensivo são os que perderam a eleição. Os que não quiseram se juntar a campanha vitoriosa de Valéria do Minin preferindo dividir a oposição para facilitar o caminho da perfeita Luciana Trinta que queria continuar fazendo de conta que administrava o município.

Esse pessoal, parte deles ligados a Neto Carvalho já botavam gosto ruim em pessoas do grupo de Manin antes mesmo das convenções. Ficavam a envenenar alguns que tem o hábito de “emprenhar” pelo ouvido dizendo a eles que não seriam canditados.

Veio às convenções e todos tiveram suas vagas garantidas como já dizia Manin. Se não foram eleitos foi porque essa tarefa não é fácil e as vagas são para poucos. Mesmo assim a interferência de fora continuou onde boatos davam conta de que Neto estava oferecendo quantias – alguns milhares de reais – para esses candidatos renunciassem as suas candidaturas o que na prática, no oficial, não ocorreu.

É verdade que se dermos uma olhada no passado não vai ser difícil encontrar prefeito que depois de eleito achou que a vitória era só dele e botou nos principais cargos gente que ele bem quis sem levar em conta a capacidade profissional e política desses e muito menos se fizeram ou não parte da luta. O resultado ainda é mais fácil de ser constatado: todos sem nenhuma exerçam, se deram mal. Perderam o poder e nunca mais tiveram outra oportunidade do povo.

Tem quem justifique a atitude de quem assim procede invocando Nicolau Maquiavel (1469-1527), um dos mais conhecidos filósofos políticos de todos os tempos, que se tornou famoso por defender a visão de que um governante, se necessário, deveria ser cruel e fraudulento para obter e manter o poder. Segundo o raciocínio desses, o certo é ganhar com uns e governar com outros.

Quem se inspira em Nicolau Maquiavel para defender essas teses fora de moda e de aplicação improvável nos dias de hoje, deveriam ver melhor a História para saber que nos tempo do filósofo e político, época do renascimento, não havia democracia. As cinco principais potências na península Itálica, onde viveu Maquiavel, eram: o Ducado de Milão, a República de Veneza, a República de Florença, o Reino de Nápoles e os Estados Pontifícios. A maior parte dos Estados da península era ilegítima, tomados por mercenários chamados “condottieri”.

O adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia, aleivosia, maldade, ingredientes indispensáveis a quem fazia politica naquela época e nos dias de hoje, porém é do próprio Maquiavel essa frase: “Todos os Estados bem governados e todos os príncipes inteligentes tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo ao descontentamento”.

Portanto nada de açodamento. É bom ter paciência e confiança em si próprio e no governo que ainda vai iniciar. Deixar de ouvir é impossível para quem não é surdo, mas ficar calado e não dar ouvidos a quem quer criar discórdia e intriga é uma obrigação.

 

Qualquer trabalho é digno

Um amigo de Daby Santos presenciou um diálogo entre o ex-prefeito Pedro Henrique, aquele que mais uma vez foi humilhado nas urnas e César Machado. Daby tinha acabado de passar quando Pedro disse: “como é que ele (Daby) vai viver agora sem a rádio”?

A fonte merece respeito e Daby sabe que o fato ocorreu mesmo. E disse também que sempre trabalhou na vida, desde menino, quando ajudava o pai, João Mariano no Remanso, em tarefas que iam de cuidar de animais e o labor nas roças. Aos 16 anos já era professor de desenho no SENAI em Parnaíba, emprego conseguido por ter sido o melhor aluno daquele período, naquela escola. Trabalhou em grandes empresas como a CNA e Petrobras no Rio de Janeiro, onde entrou por conta de concurso público, ou seja, pela porta da frente e não pelos fundos.

Na área de comunicação tem seu nome reconhecido como um dos profissionais mais sérios, respeitado e competente da imprensa maranhense. Nunca andou metido com cambalacho e o fato de ficar de fora de uma rádio, que ele a tirou do nada e transformou-a em líder de audiência e credibilidade, não vai impedir que ele continue vivendo com dignidade.

Daby é jornalista, mas antes já foi mecânico, torneiro, ajustador; sabe soldar, pintar, desenhar, pescar e se o problema fosse a falta do que fazer, ele que é motorista habilitado e tem veículo também habilitado, não se sentiria desonrado em trabalhar como mototaxiista em Araioses.

Para Daby Santos qualquer trabalho é digno. Feio é ter a oportunidade de administrar um município e sair derrotado e sem a credibilidade do povo; ter todas as suas contas reprovados pelos tribunais competentes e ainda ser condenado a devolver ao erário público o que desviou como ocorreu recentemente (reveja aqui).

Daby chegou aonde chegou conquistando com dignidade e trabalho o seu espaço. Não precisou passar a perna em ninguém.

 

Atenção caloteiros!

Odair José, técnico em contabilidade e um dos mais competentes em informática da região não anda nada satisfeito com um bom punhado de candidatos a vereador nas eleições deste ano que ele fez suas prestações de contas de campanha e até agora não recebeu. Entre eles tem até vereador com mandato.

Ele disse ao blog que se esses não lhe pagarem dentro dos próximos dias vai mandar a lista para ser publicada no blog como caloteiros.

Ele disse que não tem obrigação de trabalhar de graça pra ninguém, que eles foram a sua casa, que ele gasta papel, tinta e tempo para deixar a situação deles quite com a Justiça Eleitoral e depois de servidos ignoram seus apelos.

O blog espera que os devedores paguem seus débitos, pois não tem o menor interesse em publicar tal lista. Mas como entente que quem trabalha merece receber sua paga não vai aliviar para quem não tá nem aí para quem tem família para sustentar.

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