Pedro Meireles foi citado no depoimento do empresário Gláucio Aguiar.
Gláucio é apontado como um dos mandantes do assassinato do jornalista.
Igor Almeida Do G1 MA
Na última quinta-feira (26), a Superintendência Regional da Polícia Federal divulgou nota oficializando que foi instaurada desde o início do mês de julho, sindicância com a finalidade de apurar o possível envolvimento de um policial federal com o assassinato do jornalista Décio Sá, além do crime de agiotagem.
Posicionamento da Polícia
Quatro dias depois, a delegada geral de Polícia Civil, Cristina Meneses, declarou que o policial federal citado no inquérito estaria ligado apenas a crimes de agiotagem, praticados pela mesma quadrilha que planejou o assassinato do jornalista Décio Sá. Depois de quase cem dias de investigação, um relatório deve ser entregue à Justiça até a segunda semana de agosto.
O assassino confesso do jornalista Décio Sá, Jhonatan Souza Silva, revelou uma rede de agiotagem com atuação no Maranhão e no Piauí. De acordo com a polícia, a quadrilha emprestava dinheiro a políticos com juros bem altos e o pagamento era feito com recursos públicos, com o possível envolvimento do policial federal.
As seis pessoas que tramaram a morte do jornalista Décio Sá continuam presas e ainda tem mais duas foragidas. A polícia considera o assassinato esclarecido, e o depoimento do policial federal é o último para encerrar o inquérito que investiga a morte do jornalista.
Em relação à rede de agiotagem, a delegada geral disse que na possibilidade de novos mandados de prisão, em um esquema que não dá pra medir o prejuízo.
Relembre o caso
O jornalista Décio Sá foi atingido por seis tiros, cinco deles fatais, no dia 23 de abril, em um bar da Avenida Litorânea. Pouco mais de 50 dias de investigações, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, anunciou e apresentou os envolvidos com a morte do jornalista. Sete pessoas foram presas, incluindo o assassino confesso de Décio, Jhonatan Souza Silva.
O pedido de prisão temporária dos suspeitos foi prorrogado por mais 30 dias, tempo que as investigações sobre outros crimes da quadrilha são investigados pela polícia do Maranhão.