A desistência de Adriano Sarney deveria ser uma aula para a oposição

Blog do Roberto Kenard

No dia 10 de janeiro anunciei em primeira mão (o leitor pode rever aqui) que Adriano Sarney seria o candidato a prefeito de Paço do Lumiar. Anunciei com tanta antecedência, que a notícia não teve nenhuma repercussão. Logo depois o blog foi confirmado. Adriano Sarney, filho do deputado federal Sarney filho, surgiu como o candidato da desastrada e enrolada prefeita Bia Venâncio.

Anunciei não sem espanto. A meu ver, a família Sarney, com a candidatura de Adriano Sarney, começava a caducar politicamente. Primeiro, pelo envolvimento de Adriano nas denúncias de ter se beneficiado nos empréstimos consignados no Senado presidido pelo avô. Só ingênuos poderiam supor que a imprensa nacional faria silêncio. Por fim, a candidatura do neto numa cidade arrasada por uma prefeita aliada, cidade que ele não conhecia nem pelo mapa, era um contra-senso, quando não é nenhum segredo que o grupo sofre desgaste pelo tempo de poder e procura se revitalizar.

Acontece que o jornalismo oficial e os incontáveis blogues a soldo só prestam desserviço. Não havia dia sem que lêssemos notícias de adesões a Adriano. Parecia a salvação da lavoura. Assim, não viram que a candidatura de Adriano Sarney gerou um racha na família. Havia quem achasse natural e quem achasse um tiro no pé. O bom senso acabou por falar mais alto. Os defensores e divulgadores a soldo deram com os burros n’água.

Reparem bem, quem vive a soldo é tão cego que sequer observou o que se passava no jornal O Estado do Maranhão. Ali Adriano Sarney não recebia o espaço que a turma a soldo lhe “dava”. Era um sinal. Mas como cegos (de olho no pote de mel) poderiam ter visto?

Aí está. A família Sarney mostra mais uma vez porque a oposição é oposição. Cortou na carne, porque o futuro é mais importante.

 

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