O novo e bíblico Moisés

JM Cunha Santos 

Por essa ninguém esperava: o demônio tentou Sarney! O senador, no melhor estilo Mãe Diná & Bita do Barão, andou ouvindo vozes do além que o desaconselharam a se libertar do espírito incendiário do Nero Romano e, assim, evitaram que no Maranhão se consumasse a maior e mais perigosa fogueira do Brasil, a que queimaria a história do próprio Sarney.

Imaginem só o que viria junto com as fagulhas que se espalhariam por todo o Maranhão. Cruz credo! Pelo tom da conversa foi o próprio Deus quem conversou com o Faraó de Curupu, o que insinua que, não lhe bastando o poder imensurável aqui na terra, o homem conseguiu estender o tráfico de influência até os degraus do paraíso.

“Perdoai os seus inimigos”, disse a voz a quem não consegue perdoar nem os amigos, consciente de que a estatização não consta como pecado entre os 10 Mandamentos da lei de Deus. Mas o novo Moisés, único no planeta a quem foi dado manter conato com o Ser superior, saindo direto da clarividência para a vidência, parece inconsciente que tem outros pecados além de se apoderar de Conventos.

Se eleito agora por multidões de videntes, profetas, magos e bruxos, o bruxo da política nacional torna-se imbatível entre o comum dos mortais. Imbuído, extra-oficialmente, do poder da cura, do dom da profecia, de falar e interpretar línguas estranhas e, principalmente, de fazer milagres quem o impedirá de vencer, com macaxeiras ou mandiocas estragadas, as eleições de 2012 em São Luís?

A oposição maranhense realmente não tem sorte. Quando tudo parece se encaminhar para uma expressiva derrota do protomago do poder, ele é atacado de sonhos premonitórios e se torna capaz de pré-cognições. Guardem suas armas, senhores. É até pecado enfrentar um homem que tem o dom de falar diretamente com Deus.

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