Blog do Luis Cardoso
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, o presidente do Tribunal de Justiça, Jamil Gedeon, e a procuradora Geral de Justiça, Fátima Travassos emitiram ontem, no início da noite, uma nota conjunta para falar sobre a posição deles em relação a greve dos militares.
Primeiro apontam a ilegalidade do movimento, para depois criticarem o que consideram intransigência por parte do manifestantes que não aceitam retornar ao trabalho.
Os representantes do Poder apelaram pelo fim da greve e ainda se colocaram como avalistas para garantir uma solução negociada, desde que os grevistas cedam primeiro.
Ora, qual a garantia que os manifestante terão de que não haverá retaliações e que as promessas de negociações serão cumpridas?
Não custa nada lembrar que os manifestantes deram esse crédito solicitado novamente e pararam o movimento por 15 dias, abortaram a greve no nascedouro, em reunião no Palácio dos Leões.
O acordo era de que haveria uma proposta a ser enviada ao Legislativo no dia 23 deste. E quem estava lá na reunião? O governador em exercício, Washington Oliveira, o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, e o presidente do Tribunal de Justiça, Jamil Gedeon.
E o que fez a governadora Roseana Sarney tão logo findou o prazo dado aos grevistas? Deu um murro na mesa e, do alto de sua autoridade exarcerbada, gritou que não negociaria nadica de nada e nem quis saber da pauta de revindicações dos grevistas.
Qual a sinalização democrática que o governo tem feito para negociar o fim da manifestação? Ameaça de deserção (expulsão) dos militares grevistas e prisão de todos. Que negociação é essa de uma uma via de única mão?
Abaixo, a nota conjunta: