CARLOS LUPI: FANFARRÃO, HIPÓCRITA E RIDÍCULO


Blog do Ed Wilson

A presidenta Dilma Roussef precisa livrar-se urgentemente desse embuste no Ministério do Trabalho. Acossado por denúncias de corrupção, o ministro Carlos Lupi (PDT) vem protagonizando um dos piores momentos no terceiro mandato presidencial do PT.

Nas suas bravatas e fanfarronices, Lupi profere frases de efeito que jogam na lama o que restou de institucionalidade no Brasil. Frases como “só saio abatido a bala” são típicas de um faroeste grotesco.

Carlos Lupi ironiza e nega o papel do Ministério Público e da Justiça nas investigações sobre as denúncias de corrupção, rasga o código de ética parlamentar e apela a um jargão de bandidos comuns, onde a justiça é feita com as próprias mãos.

Lembra até o personagem Zé Pequeno, protagonista no filme Cidade de Deus, o valentão da favela que resolvia tudo na bala.

As denúncias contra Lupi envolvem repasse irregular de verbas públicas para ONGs amigas e empresas fantasmas. No Maranhão, o braço do esquema seria o deputado federal Weverton Rocha (PDT), ex-assessor especial do Ministério do Trabalho e homem de confiança do ministro.

Em outra frase de efeito, na tentativa de proteger seus tentáculos, Lupi saiu-se com essa: “não trabalho com ninguém em minha órbita corrupto.”

Até as traças do Ministério do Trabalho conhecem o currículo do ex-assessor especial de Lupi, Weverton Rocha, desde os tempos em que era acusado de desviar recursos da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), até a apoteose no governo Jackson Lago (PDT), cuja obra marcante foi a demolição do ginásio Costa Rodrigues, onde teria enterrado R$ 5 milhões.

Quando pensávamos que Carlos Lupi já havia esgotado seu arsenal de bobagens, veio mais uma frase, um remendo para tentar corrigir a verborragia anterior: “presidenta Dilma, desculpa se eu fui agressivo. Não foi minha intenção. Eu te amo.”

Com uma declaração de amor desse tipo a presidenta Dilma não precisa de mais nada para demitir o ministro. Lupi expôs o governo todo ao ridículo. Já está passando do tempo de mandá-lo embora.

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