‘Ele é o homem certo no lugar certo’, diz Dilma sobre Amorim



Dilma dá posse a Amorim nesta segunda

(Foto: Roberto Stuckert/PR)

Ex-chanceler vai substituir Nelson Jobim no Ministério da Defesa.

‘Trocas de comando fazem parte’, disse a presidente durante a cerimônia.

Sandro Lima Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff disse durante discurso nesta segunda-feira (8) que escolheu com cuidado o novo ministro da Defesa, Celso Amorim, para a vaga e afirmou que ele é o “homem certo no lugar certo”. Amorim tomou posse nesta segunda e vai substituir Nelson Jobim, que pediu demissão do cargo na última quinta-feira.

“Mudanças importantes requerem cuidado, cobram sensatez [..] Ele [Amorim] tem qualidades que o aproximam muito dos senhores oficiais”, disse Dilma.

Ministro das Relações Exteriores no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Amorim foi convidado a voltar ao governo depois que Dilma decidiu pela demissão de Jobim. Reportagem publicada na edição deste mês da revista “Piauí” reproduz declarações atribuídas a Jobim em que ele critica as ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). O ex-ministro negou ter dado as declarações, reafirmadas pela publicação.

Ao empossar Amorim, a presidente afirmou que mudanças fazem “parte da rotina” da política.

“Trocas de comando fazem parte, desde que se troque de comandante e não deixe de fazer o que se deve fazer. Tenho certeza que ele fará, se dedicará a construir de corpo e alma essa política de defesa”, disse Dilma.

O ex-ministro Nelson Jobim não compareceu à cerimônia. Antes das supostas críticas, Jobim havia afirmado em entrevista que nas eleições de 2010 votou no candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de quem é amigo.

Antes de Dilma, Amorim agradeceu durante discurso “o honroso convite” para ocupar o Ministério da Defesa.

“De maneira serena, cabe a mim, neste momento, mais ouvir do que falar. Identifico nos militares patriotismo, dedicação e respeito à hierarquia”, disse.

O novo ministro disse que é preciso “previsibilidade” ao fornecimento de equipamentos para as Forças Armadas para que o país possa “proteger” seus recursos naturais. É preciso também, ele destacou, assegurar que a região seja “área livre de armas de destruição em massa”.

“Devemos proteger nossos recursos naturais na Amazônia, nos mares. O pré-sal reforça essa necessidade. Devemos valorizar o conselho de defesa sul-americano e reforçar a parceria com os países vizinhos.”

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