PC do B quer Flávio Dino candidato em 2012


PCdoB deixou posição firme de que pretende lançar Flávio Dino à prefeitura de São Luís nas eleições de 2012.

Capitalizado pelos governos de Lula e Dilma, partido quer dar maior salto eleitoral de seus 90 anos de história.

Ricardo Galhardo
iG

Duas décadas depois da queda do Muro de Berlim, o Partido Comunista do Brasil (PC do B) prepara o maior salto eleitoral em seus quase 90 anos de história. Capitalizado pelos mais de oito anos de presença nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o partido pretende lançar oito vezes mais candidatos a prefeito em 2012 do que em 2008.
Na última eleição municipal, os comunistas já haviam batido um recorde ao lançarem 190 candidatos contra 108 do pleito de 200
“É claro que a participação no governo federal deu uma dimensão maior ao partido”, admitiu Rabelo. “Antes, como se dizia, a gente tinha que caçar as pessoas para elas se filiarem. Hoje elas batem na nossa porta”, completou.
O PC do B pretende lançar candidatos próprios em Porto Alegre (RS), onde Manuela D’Avila lidera as pesquisas; São Luís (MA), com Flavio Dino a desafiar a hegemonia da família Sarney; Olinda (PE), governada pelo comunista Renildo Calheiros; Salvador (BA), cuja candidata é Alice Portugal; Fortaleza, com o senador Inácio Arruda, e São Paulo, onde o vereador Netinho de Paula já conta com o apoio do PDT.
“Estamos trabalhando há muito tempo neste projeto de termos candidatos nas principais cidades e capitais mas em face de compensações podemos apoiar candidatos de outros partidos em algumas destas cidades”, disse Rabelo.
Em troca das citadas compensações o PC do B vai abrir mão de pelo menos duas candidaturas com potencial em Belo Horizonte (MG), onde Jô Moraes não vai disputar a prefeitura em nome da aliança com Márcio Lacerda (PSB), e Rio de Janeiro (RJ), com Jandira Fegali “poupada para outras disputas”.
Depois de ameaçar em entrevista ao iG romper com o PT, o PC do B deve focar sua política de alianças nos partidos da base aliada do governo Dilma. As exceções são em Macapá (AP) e Belém (PA), cidades em que o PC do B deve se aliar ao PSOL.

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