A PELEJA DA COBRA COM OS PARLAMENTARES

O ANJO

1-Nunca vi rastro de cobra
E nem couro de ‘lobisome’
Se correr o bicho pega
Se ficar, a Cobra come.
A Cobrinha foi à Câmara,
Com toda sua cambada,
Tripudiar de muito ‘home’.

2-Os homens de quem eu falo
São nobres parlamentares
Eleitos pra defender
Os direitos desse povo,
Mas enquanto eles discutem
Ela continua armando
E a roubalheira, de novo.

3-Isso foi mais uma mostra
Dessa gestão de horrores
Dona Cobra a despejar
Sua inversão de valores
Esbravejando mentiras
Como se fossem verdades
Na cara dos vereadores.

4-E a pobre cambadinha
Ao seu lado, a aplaudir
Sem sequer se preocupar
Com os desgraças que hão de vir
Preocupada com o momento
Pra garantir seu sustento
Incapaz de reagir.

5-A mordaça foi bem feita
Contratados sabem disso
Ai daquele que se recuse
A fazer menos que isso.
E assim, pelo cabresto
Aquele que tem juízo
Tem que ir a todo comício.

6-O comício, a que me refiro
É qualquer pinturazinha
E a Cobra vai arrastando
Nas suas caminhadinhas
Com algumas exceções
Gente pobre de espírito
Insegura e bem mesquinha.

7-Aquele que se ofender
Ao ouvir essas verdades
Ora, vá me desculpando
Pois não faço por maldade
Faço apenas porque vejo
As ações premeditadas
Da Senhora Falsidade.

8-Os nobres parlamentares
Também não são inocentes
Ao permitirem que ela
Tripudie dessa gente
Não cumprindo a obrigação
Não trabalham como devem
Se tornando coniventes.

9-Pra dizer que não gostei
Me desculpem os senhores
Gostei de uma passagem
Que se aplica aos vereadores
Mandou um deles estudar
O mínimo que conseguiu
Foi chamá-los de amadores.

10-Sustentou toda mentira
Um monte de baboseira
Provocou a ira de alguns
Disse um monte de asneira
O que ali foi buscar
Muita gente já sabia
Toda cobra é rasteira.

11-Cobra esperta e bem criada
Destilou sua peçonha
Nervosa, mas bem ensaiada
Não sabe o que é vergonha
Fez bem a lição de casa
Jogou o que quis na TV
Deve agora está risonha.

12-O que dá pra se entender
É que essa discussão
Do lado de Dona Cobra
E dos que se dizem oposição
Vem reforçar a idéia
De que estão em plena campanha
Para a próxima eleição.

13-E o povo, pobre enjeitado,
Taxado sempre de tolo
Na mãos de grandes larápios
Não de vaca, nem de touro
Sem nenhuma proteção
Ver roubarem sua Galinha
Que bota Ovos de Ouro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *