Araioses não é senzala

Assim como as pessoas os lugares têm suas idas e voltas na vida. Assim como mostra as marés, que horas estão altas e horas estão baixas, as pessoas e os lugares também têm suas épocas de progresso e seus períodos de atraso.
Araioses, infelizmente passa por uma faze – que por alguns ângulos – como o de volta ao passado ou vivendo em tempos de maré seca. Lógico, que ao final de toda essa vivência por baixo, ressurge com o aprendizado de uma jornada trilhada em caminhos pedregosos emergindo da crise mais forte e mais experiente.
Essa reflexão se faz sentido neste momento que Araioses e seus habitantes passam por um momento muito crítico, onde a incerteza do que pode ocorrer no futuro é muito preocupante. As ações ou inações na nova administradora vêm causando muitos transtornos. Os recentes acontecimentos por conta da decisão de pagar os funcionários municipais na prefeitura têm mostrado uma prefeita que não parece se preocupar com o bem-estar da vida de ninguém. Centenas de pessoas ficaram, alguns até mais de 14 horas, anteontem (02) ao tempo pegando sol, chuva e um calor escaldante durante o dia e chuva e frio durante a noite para receber seus salários, que antes recebiam o dia e a hora que queriam no conforto e na proteção de uma agência do Banco Brasil.
Muitos passaram por esse sufoco ou parte dele na convicção de que receberiam seus salários e depois de horas e horas de fila, no lugar do dinheiro receberam a notícia de que não receberiam nada porque seus nomes estavam em lista de pendências e outros o nome não constava em lista nenhuma.
Logo nas primeiras horas da manhã a multidão já se formava. A rua que passa na frente do prédio da prefeitura fui isolada nos dois sentidos por correntes gigantescas fazendo lembrar as histórias do tempo da escravidão. Seguranças e policiais ocupavam pontos estratégicos dando a entender a todos que poderia agir a qualquer momento. Falam que do aparato, além de armas havia até quem portava gás pimenta.
Os primeiros reais a chegar às mãos dos funcionários ocorreu já na parte bem adiantada da tarde. O funcionário que não tinha o nome na lista negra apresentava a identidade, que passava por várias mãos até chegar as da prefeita, que só aí fazia o pagamento. O quadro era de muita humilhação e vários incidentes ocorreram durante o dia. Mulheres passaram mal, desmaiaram e tiveram que contar com a solidariedade dos presentes. Também houve casos em que, por pouco, a prefeita não saiu às tapas com algum funcionário insatisfeito com o tratamento recebido. Muitos não receberam nem a metade do que lhe era devido. Depois de muita revolta tiveram a promessa de que vai ser analisado caso a caso e os que a prefeita considerar que tem direito receber mais, receberão em folha complementar. Os da lista negra e os outros que não constavam em lista nenhuma o futuro é mais incerto ainda. Nesse rol tem pessoas estáveis com décadas de serviços prestados.
A prefeita Luciana Marão Feliz começou administrado o município com mão de ferro. É do tipo que centraliza tudo e é conhecida por não ouvir ninguém. As queixas procedem de todos os seguimentos. Na parte política os que ajudaram elege-la são os mais insatisfeitos e inconformados. Luciana fez uma campanha prometendo a essa gente que iria administrar o município em parceria com eles. O maior número é o dos que estão de fora, sem levar em conta os que já abandonaram a cidade e ainda tem os que já puseram imóveis a venda, para ir tentar melhor sorte em outro lugar. Enquanto isso, os cargos chaves estão sendo ocupados por pessoas que ninguém conhece e não sabe nem de onde vieram.
O ar que se respira em Araioses atualmente não é mais o mesmo. Ele é pesado, tenso e nuvens escuras assombram o futuro. Ameaças são lançadas. Os boatos que correm de boca em boca dão conta de que a prefeita pretende trazer outra agência bancária para a cidade. Já teria recebido ofertas e até aí nada demais. Ocorre que o Banco do Brasil em Araioses tem sido um parceiro, tem sido uma alavanca muito importante no sentido de levar o lugar a uma situação mais digna.
Também falam que é questão de honra dela se apoderar do comando da APAE da cidade e da Santa Rosa FM, a única rádio legal da cidade e que vem se conduzindo como porta-voz dos interesses dos araiosenses. A APAE vem fazendo há vários anos um trabalho muito digno que beneficia centenas de famílias e controlar a rádio seria muito importante para cessar a voz de quem não se cala diante dos desmandos da prefeita.
O povo de Araioses precisa está firme e unido. Tem que acreditar no futuro e entender que erros são muito fáceis de serem cometidos. O difícil é acertar, principalmente quando somos bombardeados por uma propaganda envolvente que nos pegam em momentos de crise. Venderam-nos um produto de aparência bonita e hoje temos que conviver com uma mercadoria falsificada.
Não é hora de baixar a cabeça, muito menos de aceitar o açoite de chicote da mão de forasteiro.
Afinal, Araioses não é uma senzala.

11 pensou em “Araioses não é senzala

  1. Grande Maquiavel..”os fins justificam os meios” ..verdade..verdadeira!
    Está ai no que dar..votar em gente que nunca se ouviu falar coisa boa! Isso nao é a primeira vez que se acontece nao! Poupe-me os detalhes!
    é uma pena,pois tenho amigos nessa cidade e queria que ninguém,nem meu proprio inimigo passase por humilhações de uma forasteira! . .

  2. aff…lá vem vc’s com a veia poetica…arromba logo que está tudo errado,e que ningue´m conserta erro com outro erro! certo q o maior erro foi cometido pelo povo,e eles sabem disso!

  3. acho,que o melhor a ter sido feito pela nossa cidade..seria se o Francisco do Pt,estivesse se aliado com Zé Tude…essa mulher ñ teria força para combater os dois juntos…e a eleição teria,outro rumo!

  4. a luci-engana trata-se de um ptoduto falcificado de primuira linha pois a verdadeira mulher do remir trinta agarrou ele na cama com ele o pai dela ficou doente a partir desta data o mesmo bateu nela e ela fugio com o remir e um dia o pai dela foi va casa dela e a mersma o espulçou

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