De volta ao passado, esse filme é reprise

Imagem de internet divulgada nas redes socais no primeiro turno

Faltando menos de duas semanas para a realização do segundo turno da eleição presidencial brasileira, tudo indica que o capitão da reserva Jair Messias Bolsonaro será eleito presidente do Brasil.

Não que ele seja o melhor nome para ocupar esse cargo, muito pelo contrário, Bolsonaro é menos qualificado do que Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, entre outros que não passaram do primeiro turno.

Porém, o que ocorre no momento é uma onda coletiva e insana de uma boa parte de gente, que para eles a verdade e razão pouco importa.

Não adianta que venham a público documentos, vídeos, reportagens, seja lá o que for mostrando que JMB é um perigo para a democracia brasileira, que ele é favorável a tortura, que ele é racista e não gosta de negros, de pobres, de gays, que esses fanáticos não estão nem aí.

Para essa gente nada importa o que venha a ocorrer com o povo brasileiro a partir de 1º de janeiro do ano que vem.

Embarcaram na onda criada pela mídia conservadora de destruição do PT, como se esse partido fosse o único culpado de tudo de ruim que ocorreu no Brasil, no período em que esse esteve no poder.

O filme em cartaz no momento é uma reprise requentada de outro ocorrido em 1989. Naquela eleição apareceu o Fernando Collor de Melo, ex-governador de Alagoas com um discurso e atitudes muito parecidas com o de Bolsonaro agora.

Ele dizia que ia acabar com os marajás, acabar com a corrupção e botar o então presidente Sarney na cadeia. Nada disso ocorreu é o que diz a História.

Sua campanha também foi recheada de muita mentira sendo a maior e mais decisiva, o sequestro do empresário Abílio Diniz da rede de supermercados Pão de Açúcar.

Foi libertado pela polícia horas antes da eleição e as TVs brasileira – em completa sintonia com a desinformação mostraram os sequestradores com muitas marcas de espancamentos, porém vestido com camisetas novinhas, que pareciam ter acabado de sair da fabrica – com a estrela do PT – estampada na frente.

Agora Jair Bolsonaro diz que vai acabar com a corrupção, que vai acabar com a bandidagem, que vai acabar com bla bla bla…

A primeira coisa que Collor de Melo fez quando tomou posse foi confiscar poupança do povo brasileiro, onde ainda até hoje tem gente que ainda não recebeu os valores que lhes fora confiscado. Não acabou com os marajás, não acabou com a corrupção, pelo contrário, acabou sofrendo impeachment exatamente por ser corrupto. Sobre Sarney, ao invés de pô-lo na cadeia fez acordo com ele.

Depois disso a nossa sorte foi que o vice dele era o honrado mineiro Itamar Franco que criou o Plano Real e deu estabilidade ao País.

Agora até nisso estamos mal, pois o General Morão, vice do JMB está doido pelo poder e não sei se ele vai ter paciência de esperar um tropeço do titular para ocupar seu lugar.

Vou votar em Fernando Haddad, por reconhecer nele um homem preparadíssimo para guiar nossa Nação de volta ao desenvolvimento. Nada tem a ver por ele ser do PT ou ser amigo de Lula.

Não sou fanático e muito menos tenho paixão por ninguém. Em eleição temos a obrigação de escolher o melhor.

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