Convenções: de um lado os interesses de uma família e de outro o povo do Maranhão

Raimundo Garrone – As convenções de Flávio Dino e Roseana Sarney que ocorreram neste final de semana dividiram muito bem quem são os candidatos e a serviço de quem trabalharão se eleitos.

Em 1994, o ex-secretário de saúde, Ricardo Murad, já fazia uma explanação sobre de que lado estaria a filha de José Sarney e qual era a postura do candidato de oposição à oligarquia na época, o ex-governador Epitácio Cafeteira.

“De um lado, os interesses da família Sarney, do seu grupo de amigos, parente e empresas; e do outro lado, os interesses do povo do Maranhão”, disse Murad na época em que era oposição à oligarquia.

Passados 24 anos daquele discurso de Ricardo, nada mudou no seio da família Sarney. E as convenções realizadas neste final de semana evidenciam perfeitamente essa diferença entre Roseana e Flávio Dino.

Durante o ato do governador, quem mais falou foi o povo. Beneficiários de programas implementados por Flávio Dino, como Escola Digna, Travessia, IEMA, HTO, agricultura familiar, pessoas simples do Maranhão, foram as principais porta-vozes do evento e das mudanças ocorridas no estado.

Já na convenção de Roseana, só quem usou a palavra foram aqueles de sobrenome Sarney, Lobão e Murad, e alguns amigos escolhidos a dedo. O palco foi composto por pai, irmão, sobrinho, genro, primo, toda a parentada da filha de José Sarney.

Em outubro, é o povo de um lado e a família Sarney de outro. Como Ricardo Murad já alertava desde 1994.

Nota do Blog:

O vídeo acima mostra uma pequena fala de Ricardo Murard em 1994, quando rompeu temporariamente com o grupo Sarney.

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