Homenagens a Marielle provocam detenção policial e até ofensas a padre

Em pelo menos dois episódios, na Zona Sul do Rio, houve truculência e xingamentos

Jornal do Brasil

Não é apenas na internet que as reações agressivas e truculentas sobre a repercussão da morte da vereadora do PSOL Marielle Franco têm se manifestado. Em pelo menos dois episódios, no Rio, os ânimos se exaltaram e chegaram a ofensas e até detenção policial.

Nem na igreja a paz prevaleceu quando o assunto veio à tona. Durante uma missa de domingo, na Paróquia da Ressurreição, em Ipanema, o padre Mario de França Miranda, de 81 anos, chegou a ser xingado por dois homens, após o religioso citar Marielle, afirmando a sua morte não significaria o fim de seu trabalho. O pároco começou a ser hostilizado e chamado  “padre filho da puta”, conforme informou a coluna de Ancelmo Gois, no O Globo. Os dois agressores acabaram sendo retirados da igreja.

Padre Mario de França Miranda foi xingado ao fazer homenagem a Marielle Franco

A truculência se repetiu no tradicional bar Bip Bip, em Copacabana, também na Zona Sul do Rio. O comerciante Alfredinho, de 74 anos, foi detido e levado para a 14ª Delegacia Policial (Leblon) após o policial rodoviário federal Haroldo Ramos de Souza, de 57 anos, questionar uma homenagem feita para Marielle Franco.

O dono do bar havia pedido um minuto de silêncio para a vereadora, quando o policial reagiu questionando por que não se fazia homenagens também aos policiais mortos. Houve uma forte discussão, o agente saiu e voltou armado, afirmando que havia sido agredido ao deixar o Bip Bip. O caso foi registrado na delegacia como lesão corporal contra o policial.

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