A continuação ou não dos trabalhos da Comissão Processante vai depender agora do que decidir os membros do TJ/MA.
Dr. Sergio Muniz, vereador Elson Coutinho, senador João Alberto e o vice-prefeito Manoel da Polo
Por ora, os trabalhos da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, que pretende apurar supostas irregularidades já ocorridas na administração do prefeito de Araioses, Cristino Gonçalves de Araújo estão em stand by – em estado de espera, do que vier decidir os digníssimos membros do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Mesmo com um bom número de vereadores exercendo o primeiro mandato, os trabalhos da Comissão Processante na Câmara de Vereadores de Araioses caminhavam para um desfecho ainda antes de encerrar o ano em curso.
Porém, vendo que a situação caminhava para um resultado desastroso para suas pretensões – em que a principal passa por levar o mandato até o fim – o prefeito de Araioses achou por bem judicializar a CPI, bem antes que essa desse um prematuro fim no seu sonho, acalentado desde que pôs os pés na nossa cidade, trazido pelas mãos do ex-prefeito José Cardoso do Nascimento (1989/1992), finalmente concretizado nas eleições de 2016.
Para esse fim o prefeito se valeu de uma infeliz declaração da vereadora Flávia do Gentil, na qual dizia ter testemunhado uma reunião onde o presidente da Câmara, vereador Elson Coutinho teria combinado com outros edis, em fazer uma reunião para afastar o Dr. Cristino do cargo. Mesmo sem ouvir o outro lado, o desembargador concedeu uma liminar suspendendo por ora os trabalhos da CPI.
O caso causou um profundo mal estar no Poder Legislativo Araiosense e houve quem defendesse até que vereadora tivesse seu mandato cassado por falta de decoro parlamentar, porém na sessão seguinte a esses fatos, Flávia do Gentil se retratou dizendo que fora enganada e que assinara o documento em boa fé e que não sabia de seu conteúdo.
Para corroborar suas palavras assinou outra declaração com firma reconhecida em cartório com teor contrário a primeira, que já foi usada como contra prova na ação que pede que o desembargador reconsidere sua decisão.
Ao judicializar uma ação política que poderia ser decidida pela Câmara de Vereadores de Araioses, o prefeito Cristino acabou jogando o vice-prefeito Manoel da Polo e o presidente da Câmara, Elson Coutinho nos braços do grupo político que faz oposição ao governador Flávio Dino.
Relata em seu blog o advogado Sergio Muniz que atua na defesa do vereador Elson Coutinho: Recentemente, estive em Brasília, juntamente com o Vice-Prefeito de Araioses Manoel da Polo e com o Presidente da Câmara Municipal Élson Coutinho, cumprindo agenda junto aos Deputados Federais Hildo Rocha e João Marcelo Souza, os Senadores João Alberto (casado com D. Teresinha Quaresma, filha de Araioses) e Edison Lobão e o ex-Presidente José Sarney. Na pauta, a inclusão de Araioses, Paulino Neves, Água Doce, Tutóia, Magalhães de Almeida e São Bernardo na área de abrangência do semiárido nordestino.
Porém, a inclusão de Araioses e demais municípios citados na área de abrangência do semiárido nordestino foi usado apenas como pano de fundo de um acordo maior que tem a ver com apoio político do vereador e do vice-prefeito, nas eleições do ano que vem, em troca de influência dos representas do grupo Sarney numa decisão que possa ser tomada por membros de TJ/MA.
Isso, historicamente tem sido muito mais comum do que possa parecer.
Primeira declaração da vereadora Flávia do Gentil
Segunda declaração da vereadora Flávia do Gentil
Quem diria manoel da polo do lado dos corruptos