A PELEJA DA COBRA COM OS PARLAMENTARES

O ANJO

1-Nunca vi rastro de cobra
E nem couro de ‘lobisome’
Se correr o bicho pega
Se ficar, a Cobra come.
A Cobrinha foi à Câmara,
Com toda sua cambada,
Tripudiar de muito ‘home’.

2-Os homens de quem eu falo
São nobres parlamentares
Eleitos pra defender
Os direitos desse povo,
Mas enquanto eles discutem
Ela continua armando
E a roubalheira, de novo.

3-Isso foi mais uma mostra
Dessa gestão de horrores
Dona Cobra a despejar
Sua inversão de valores
Esbravejando mentiras
Como se fossem verdades
Na cara dos vereadores.

4-E a pobre cambadinha
Ao seu lado, a aplaudir
Sem sequer se preocupar
Com os desgraças que hão de vir
Preocupada com o momento
Pra garantir seu sustento
Incapaz de reagir.

5-A mordaça foi bem feita
Contratados sabem disso
Ai daquele que se recuse
A fazer menos que isso.
E assim, pelo cabresto
Aquele que tem juízo
Tem que ir a todo comício.

6-O comício, a que me refiro
É qualquer pinturazinha
E a Cobra vai arrastando
Nas suas caminhadinhas
Com algumas exceções
Gente pobre de espírito
Insegura e bem mesquinha.

7-Aquele que se ofender
Ao ouvir essas verdades
Ora, vá me desculpando
Pois não faço por maldade
Faço apenas porque vejo
As ações premeditadas
Da Senhora Falsidade.

8-Os nobres parlamentares
Também não são inocentes
Ao permitirem que ela
Tripudie dessa gente
Não cumprindo a obrigação
Não trabalham como devem
Se tornando coniventes.

9-Pra dizer que não gostei
Me desculpem os senhores
Gostei de uma passagem
Que se aplica aos vereadores
Mandou um deles estudar
O mínimo que conseguiu
Foi chamá-los de amadores.

10-Sustentou toda mentira
Um monte de baboseira
Provocou a ira de alguns
Disse um monte de asneira
O que ali foi buscar
Muita gente já sabia
Toda cobra é rasteira.

11-Cobra esperta e bem criada
Destilou sua peçonha
Nervosa, mas bem ensaiada
Não sabe o que é vergonha
Fez bem a lição de casa
Jogou o que quis na TV
Deve agora está risonha.

12-O que dá pra se entender
É que essa discussão
Do lado de Dona Cobra
E dos que se dizem oposição
Vem reforçar a idéia
De que estão em plena campanha
Para a próxima eleição.

13-E o povo, pobre enjeitado,
Taxado sempre de tolo
Na mãos de grandes larápios
Não de vaca, nem de touro
Sem nenhuma proteção
Ver roubarem sua Galinha
Que bota Ovos de Ouro

Joel – um velho solitário.


Por Daby Santos

Um homem só. Ele não pai, nem mãe. Também não tem filhos – nunca casou – e não sabe se ainda tem irmãos vivos. Seu nome Joel Dias de Oliveira, um paraense de Timboteu do Pará que foi trazido para Araioses ainda novo e por aqui foi ficando e como não tinha documentos foi registrado como araiosense.
Seu Joel diz ter nascido no ano de 1931. Vive só por não saber da existência de nenhum parente. Ele também é também só em seu local de moradia. Ele mora em um casebre de apenas um cômodo no meio dos matos no bairro Nova Conceição.
Para chegar lá tem que passar uma cancela improvisada de um terreno e seguir numa trilha até o local. Sua propriedade foi a ele doada pelo prefeito Tito Ferreira Gomes em seu segundo mandato que exerceu de 1983 até ser cassado no primeiro semestre de 1988. Diz ter documento do terreno, mas que esse fica guardado na casa dona Augusta, uma amiga que mora nas proximidades.
Perguntei como ele chegou até Araioses e ele me disse que foi no ano de 1958 já vindo do Ceará trazido por João Matias, seu padrasto que fugindo da seca veio escapar por aqui.
João Matias morreu anos depois no Acre. Mas tarde teve noticia da morte de sua mão que tinha ficado em Timboteu do Pará. Chegou a fazer três viagens para o Pará para trabalhar nos garimpos. Teve algumas malárias o que quase lhe custa a vida. Quase morto foi colocado num avião do governo do estado até Santarém onde pode ser medicado.
Seu Joel quer vender seu terreno e ir embora para sua terra natal ver se encontra algum parente. Sabe que não vai ser fácil, pois ninguém quer comprar uma propriedade de difícil acesso. Diz que a prefeita poderia pelo menos abrir uma rua por lá já que os proprietários dos terrenos que fazem divisa com o seu querem isso.
Enquanto isso não ocorre o velho solitário mantém o olhar perdido no horizonte como a esperar por quem não vem.

Senado confirma fidelidade partidária e CCJ acaba com coligações proporcionais

Blog de Luis Cardoso

O senado Federal aprovou hoje a lei da fidelidade partidária, mantida desde 2007 pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O político que pular para um novo partido deve perder o mandato. A medida atinge principalmente o PSD do prefeito paulistano Kassab.
Aqui no Maranhão alguns deputados estavam ensaiando a mudança para o recém criado partido. Não poderão fazê-lo se a Câmara Federal confirmar a posição do Senado.
Em outra sessão, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal aprovou o fim das coligações proporcionais.
Os partidos terão que concorrer sozinhos, o que fuzila a intenção dos nanicos que sempre servem como agremiações de aluguel.
A matéria ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado e ir à Câmara Federal.
É bem provável que seja aprovada. E valerá apenas para as eleições de vereador, deputados distrital, estadual e federal.

QUANTO VAI CUSTAR A BEIJA-FLOR?

Blog do Ed Wilson

A pergunta não cala, mas o governo não responde: quanto vai custar a homenagem da Beija-Flor a São Luís
Dirigentes da escola vão e vêm, fazem reuniões, anunciam isso e aquilo, mas o principal fica embaixo do tapete – o Governo do Estado vai pagar quanto?
O Maranhão já sacrificado por tanta pilhagem vai para a Marquês de Sapucaí com sua principal vitrine do desastre administrativo das elites perversas – a capital São Luís.
Destruída, suja, abandonada, sem qualquer regra de civilidade, São Luís merece um revival do enredo em que Joãozinho Trinta levou o lixo para a avenida.
A cidade-lixeiro-entulho-lama-esgoto-mato e desordem dá um caldo cultural perfeito para o Carnaval.
Aqui, onde até Jesus é bebida, tudo se profana. Atropelam-se as leis e as normas de convivência como se troca de roupa.
Nossa capital prostituída e corrompida põe a máscara sobre o estatuto da transparência para esconder o valor do financiamento.
A Beija-Flor tem tudo para ganhar o próximo Carnaval. O tema escolhido é tão rico de detalhes, com tantas possibilidades de interpretação, que qualquer carnavalesco iniciante é capaz de fazer uma epopéia.
Encantarias, magias, mentiras, falácias, sujeiras… tudo passa nesse samba-enredo de uma hora de fama na Sapucaí.
Depois do Carnaval, máscaras no chão, voltamos à vida real ainda piores, com a sujeira nas ruas e a ressaca na cara.

NOTA DE ESCLARECIMENTO.

A Rádio Santa Rosa FM.

É com muita tristeza que acompanhei na ultima sexta-feira a entrevista que foi realizada com o ex-Prefeito de Araioses, Pedro Henrique Silva Santos. E não me surpreendi com sua postura tanto pela incapacidade de responder com propriedade as perguntas que lhe foram formuladas quanto pela forma demagoga e ingrata com que se referiu a minha pessoa e de minha esposa. Agora entendo a razão de sua medíocre votação nas últimas eleições municipais.

O Povo de Araioses apesar de sofrido não é tolo. Sabe verdadeiramente quem tem serviço prestado no Município. Basta que se faça tão somente uma comparação entre a votação do entrevistado nas eleições de 2004, da qual participei ativamente juntamente com minha esposa e a de 2008, quando sua votação inexpressiva por si só já responde a todas as indagações. Mas não guardei este espaço para falar de um ingrato e colocá-lo em evidência sem merecimento.

O que o Povo de Araioses deve ficar atento é para os oportunistas. Esclarecemos à população que nunca tivemos qualquer contato ou relação profissional com o Senhor “Boíba“. E nem é verdade que a referida pessoa tenha ingressado na Administração Municipal na gestão do saudoso Vicente de Paula Moura, conforme dito pelo entrevistado. Este cidadão veio para Araioses na mesma época do sobrinho do entrevistado, Leandro Bezerra, para assumirem a gestão financeira do Município. Até então, sob a direção e fiscalização de minha esposa, Procuradora do Município, as contas públicas estavam controladas, a adimplência efetivada, os débitos trabalhistas escalonados, a regularidade jurídico-fiscal consolidada, os salários resguardados, os programas federais executados, os valores do FGTS liberados. Isto nunca foi novidade em Araioses. Depois, veio o descontrole, o desmando, o desfalque, os atrasos dos salários. E fica fácil agora encontrar bodes-expiatórios.

De fato, eu e minha esposa não chegamos a Araioses por iniciativa do entrevistado. E nem poderíamos, pois tínhamos compromisso moral e profissional com Vicente de Paula Moura e relevantes serviços prestados ao povo de Araioses. Nunca é demais relembrar que o próprio entrevistado era freqüentador assíduo de nossas reuniões diurnas em Araioses nos idos de1999 quando, no sobrado do comércio de Dona Vanilda, discutíamos os rumos de Araioses. E se prosseguimos na Administração, a pedido do entrevistado, o foi na manutenção de um ideal, fazer crescer e desenvolver a Cidade de Araioses, ideal este almejado sempre pelo saudoso Vicente de Paula Moura.

Mas o povo não se engana. Sua única chance de lutar contra os ingratos é demonstrar nas urnas seu descontentamento E elas não têm mostrado outra coisa senão a evidente realidade da mediocridade daqueles que não honram seus amigos nem tão pouco demonstram qualquer preocupação com os destinos de Araioses.

O que pretendem é mascarar uma atitude honrosa a fim de galgar poder e depois negligenciar a tudo e a todos, objetivo indigno que o povo de Araioses não vai mais tolerar.

Cordiais saudações.

Dr. Luciano e Dra Mazita.

Derrota de Sarney: Flávio Dino toma posse na Embratur Luciana Marques


O ex-deputado federal, Flávio Dino (PC do B), tomou posse nesta quarta-feira em Brasília como presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), no lugar de Mário Moysés. A nomeação dele ao cargo representa uma derrota do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que é adversário político de Dino no Maranhão. Em contrapartida, o novo presidente será subordinado ao ministro do Turismo, Pedro Novaes, também é maranhense, mas ligado à família Sarney.
A escolha de Dilma Rousseff vai na contramão da posição da presidente durante a campanha eleitoral de 2010, quando ela apoiou a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) ao governo do Maranhão. O comunista também era candidato ao cargo e ficou revoltado na época com a aliança entre PT e PMDB no estado. Agora, Dino ganhou um prêmio de consolação do Planalto, já que a Embratur é uma das estatais menos cobiçadas pelos políticos. Em seu discurso, Dino afirmou que não se distanciará da política estando à frente da Embratur. “Sou politico, sim, com muito orgulho e por opção”.
Ironicamente, na mesa principal da cerimônia de posse, estavam sentados, ao lado de Dino e Moysés, quatro peemedebistas. Eram eles: Pedro Novaes, ministro do Turismo; Nelson Jobim, ministro da Defesa; Moreira Franco, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos; e Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara. Dino citou o nome de alguns deles, como o de Jobim: “Será muito bem-vindo no nosso gabinete, não apenas por cortesia, mas sobretudo por dever como servidor público”.
O presidente da Embratur falou rapidamente sobre Novaes, seu chefe. Já o ministro, apesar das divergências políticas, fez questão de elogiar o subordinado. “Flávio Dino: um garoto, amigo e companheiro no Legislativo chega para se somar à grande missão de desenvolver o turismo brasileiro. O ministério se sente honrado em recebê-lo como presidente.”
Embratur – A Embratur, criada em 1966, é a autarquia do Ministério do Turismo responsável pelo marketing dos produtos turísticos brasileiros no mercado internacional.Com a criação do Ministério do Turismo, em 2003, perdeu funções e ficou com a responsabilidade exclusiva de promoção do turismo no exterior.
De VEJA On-Line

Desembargadores negam soltura de vereador acusado de participar de roubo a banco


Por unanimidade, e seguindo parecer da Procuradoria Geral de Justiça, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) negou pedido de liberdade formulado por habeas corpus em favor de Valdimar dos Santos Carvalho, vulgo “Mosquito”, vereador do município de Santa Quitéria (MA).

Carvalho foi preso preventivamente no dia 18 de fevereiro de 2011, por supostamente fazer parte de uma quadrilha de assaltantes de banco, que no dia 3 de fevereiro deste ano invadiram a agência do Bradesco, em Santa Quitéria, e, após ameaças, levaram dinheiro da agência e de clientes da referida instituição financeira. Segundo consta das investigações, o réu teria fornecido o armamento, de grosso calibre, para a quadrilha efetuar o roubo.
A defesa do réu ajuizou habeas corpus alegando não existir razões para manter o vereador na prisão, pois esta não preenchia os requisitos legais. O relator, desembargador Raimundo Melo, ao julgar o mérito do habeas corpus, entendeu que o Valdimar é um elemento de alta periculosidade, e já responde a outro processo por crime de roubo a banco, no Estado do Pará..
Melo, durante a sessão, ressaltou ainda que “o crime de roubo é cometido mediante grave ameaça e violência contra a pessoa e por isso deve ser repelido e energicamente punido, pois se verifica atualmente a liberalidade, em que se considera natural a permanência de criminosos nas ruas, livres e com sentimento de impunidade, enquanto os cidadãos, como ovelhas, trancam-se em suas casas, rezando para não serem sorteados. Isto é, para não cair nas mãos dos lobos, que multiplicam suas condutas exatamente por falta da devida repressão”
Os desembargadores José Luiz Almeida e José Bernardo Rodrigues acompanharam a decisão.
(Ascom/TJMA)

Desrespeito a Constituição Federal

Por Inácio Augusto de Almeida

A presença de analfabetos exerendo cargos eletivos é a maior prova de que a Constituição Federal no Brasil mais lembra uma peça de ficcção.
Em seu Capítulo IV, Art. 14, que trata dos direitos políticos, está escrito com todas as letras no §4º SÃO INELEGÍVEIS OS INALISTÁVEIS E OS ANALFABETOS.
Há mais de dois anos tenho tentado mostrar o mal que a presença de analfabetos exercendo mandato eletivo causa a toda sociedade.
Já reportei este fato a diversas autoridades do judiciário. Cheguei inclusive a mandar e-mails ao STE. Mas de concreto,nada. Os vereadores analfabetos continuam exercendo os seus cargos tranquilamente.
Recentemente estive na OAB-MA, onde fiz um relato deste flagrante desrespeito constitucional.
Finalmente, segundo o BLOG do RAIMUNDO GARRONE, uma providência foi tomada. A OAB ingressou com uma ADIN no STF.
O que não pode continuar é este estado de coisas. As Câmaras Municipais das pequenas cidades estão cheias de analfabetos aprovando todas as contas dos prefeitos, por mais absurdas que sejam, possibilitando assim que a corrupção aconteça da forma mais livre possível. Analfabetos, estes vereadores não podem ler. E não lendo desconhecem o que estão a aprovar.
Como estes analfabetos se elegem?
São escolhidos a dedo pelos candidatos a prefeito. Tanto pelo prefeito que quer se reeleger como pelo que fazendo oposição quer chegar ao cargo. Cada facção já tem o seu grupo de analfabetos para estarem de vereador. E o candidato que se eleger prefeito terá a certeza que poderá ROUBAR desbragadamente porque nenhuma fiscalização haverá sobre os seus atos desonestos, já que na realidade não existem vereadores, existem analfabetos que estão vereadores.
Aí reside a razão da Constituição Federal impedir que analfabeto se eleja a qualquer cargo eletivo.
Não pensem que isto acontece somente no Maranhão. No Ceará, nas pequenas cidades existem aos montes vereadores analfabetos. Creio que em todas as pequenas cidades brasileiras estes analfabetos estão exercendo criminosamente o cargo de vereador.
Como eles conseguem driblar a fiscalização eleitoral?
Fácil. Compram diplomas de conclusão de cursos médio e até superior. A Rede Globo já cansou-se de mostrar a compra de diploma de conclusão de cursos nos seus noticiários. Como o Juiz Eleitoral não pode fazer um teste de escolaridade em quem apresenta diploma, a CF dispensa de teste quem apresenta diploma, está feito o cambalacho.
Finalmente uma instituição séria como a OAB tomou a si a luta contra esta aberração.
E os maranhenses podem se orgulharem de ter sido a OAB do MARANHÃO que teve a iniciativa de ir ao STF.
Mais uma vez acontece no Maranhão a partida para uma mudança profunda nos costumes políticos do Brasil.
Só nos resta esperar que o STF cumpra o seu papel.

O INICIO DA CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL E POLITICA.

O REAL SIGNIFICADO DOS TERMOS VEREADOR E EDIL.

Colaboração de ouvinte para o programa Comando Geral – de 12 as 14 horas – apresentado de segunda a sexta por Daby Santos na Rádio Santa Rosa FM

Vereador vem do verbo verear, isto é, velar pelo sossego e bem-estar dos munícipes. Vereador era aquele que vereava, que tinha tal incumbência. A Vereação era o lugar onde se vereava (o Município) ou o conjunto de Vereadores no exercício de suas funções. Modernamente, esse sentido modificou-se, embora não se desligasse do anterior, passando a significar “membro da Câmara Municipal”, o que legisla para o Município. Chamar o Vereador de Edil é um elogio. Edil era um antigo magistrado romano e, hoje, é aquele que cuida dos interesses do Município. Pertencer à Vereança ou à Edilidade é o mesmo que integrar a Câmara Municipal.

Quando será que o povo de Araioses poderá chamar seus Vereadores de verdadeiros Edis. Quando o povo de Araioses poderá fazer com que a autonomia da Casa Legislativa seja respeitada e seus membros cumpram fielmente seus papeis institucionais e não sejam meros fantoches do Poder Executivo.

Chegará o tempo em que a Casa Legislativa de Araioses será palco de debates construtivos, de discussões em prol dos interesses da população, verdadeiramente palco da elaboração das leis necessárias ao desenvolvimento de nossa querida Cidade.

Mas para que isto ocorra é preciso renovar. É preciso que novas mentalidades ocupem as cadeiras sagradas do Poder Legislativo. É preciso que tenhamos Vereadores de verdade, que não se curvem ao poder econômico do Executivo nem a barganha política.

Chegou a hora da mudança, basta de omissão, é preciso que os cidadãos araiosenses acordem do pesadelo e voltem a sonhar com um mundo melhor onde reine a prosperidade, o progresso, o desenvolvimento, a oportunidade de trabalho, mas sem que todas estas conquistas venham à custa do seu próprio sacrifício.

Não desanime, lute por um mundo melhor em sua terra natal.

Autor, no presente desconhecido, no futuro, reconhecido.

Araioses, 29 de junho de 2011.

Pedro Novais assinou apenas um ato oficial em 2011


Folha de São Paulo
O ministro octogenário Pedro Novais completa nesta semana seis meses à frente do Ministério do Turismo com apenas um único ato oficial assinado -ainda assim, 165 dias depois de ter assumido o cargo- e acumulando sinais de desprestígio com a presidente Dilma Rousseff.
O maior uso que fez do poder de sua caneta foi a assinatura de dois convênios com o governo do Maranhão, seu Estado, comandado pela governadora aliada Roseana Sarney (PMDB).
Os convênios, no valor total de R$ 22,6 milhões, foram os únicos firmados por Novais para obras de infraestrutura turística. Tratam-se de atos administrativos.
Mas quando o assunto são os atos oficiais de gestão, que definem novas políticas para o setor, houve apenas um. No dia 16 de junho, o ministro assinou uma portaria regulamentando a classificação hoteleira no país, com parâmetros reconhecidos internacionalmente. E foi só.
Ex-deputado federal pelo PMDB-MA, Novais, que completa 81 anos no início de julho, é indicação da família Sarney e do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e nunca teve experiência no setor turístico.
É um dos casos mais explícitos de indicação partidária na Esplanada, a contragosto de Dilma. Evidência disso é o fato de que, apesar de ser, ao menos no papel, estratégico nos preparativos para a Copa-2014 e a Olimpíada-2016, Novais é um dos três ministros que nunca foram recebidos privadamente por Dilma.
Baixo Clero
Egresso do chamado baixo clero na Câmara, onde esteve por sete mandatos, ganhou notoriedade dias antes de assumir, depois da revelação de que pediu reembolso aos cofres públicos de mais de R$ 2 mil gastos num motel.
O espírito de deputado se reflete nos compromissos públicos. Desde 3 de janeiro, Novais já arrumou espaço em sua agenda oficial para 132 audiências com parlamentares em seu gabinete -média superior a uma por dia útil de trabalho.
Seu antecessor, Luiz Barretto, teve 32 encontros no mesmo período de 2009.
Em seu discurso de posse, Novais listou cinco prioridades para seus primeiros quatro meses de trabalho. A segunda delas era a “identificação e eliminação de áreas críticas pelas quais se escoam recursos públicos, como o financiamento de festas”.
Até abril, nenhum convênio foi firmado nessa área. Mas, a partir de maio, Novais deu início a uma sequência de 65 acordos de repasse de verba para prefeituras realizarem festejos. Até sexta-feira, somavam R$ 8,9 milhões.
O gasto com festas de São João ocorreu mesmo com a tesourada do governo na pasta. Com o aval de Dilma, a equipe econômica decidiu segurar 84% (R$ 3,1 bilhões) da verba do ministério.
Até sexta, apenas 2,1% dos recursos disponíveis haviam sido empenhados (o primeiro passo da execução da despesa). É o menor índice de toda a Esplanada, também afetada por cortes.
Motel
Em 2010, quando seu nome já havia sido definido para o Ministério do Turismo, o então deputado Novais usou R$ 2.156 da cota parlamentar da Câmara para pagar despesas de motel em São Luís, no Maranhão, segundo nota fiscal incluída na prestação de contas de junho daquele ano.
Reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” informou que Novais participou de uma festa com vários casais no motel. A informação teria sido confirmada pela gerente do hotel.
Novais negou ter ido à suposta festa e afirmou que a nota foi incluída na prestação de contas por “erro” de sua assessoria.
“É mentira, nunca estive no estabelecimento. A acusação leviana tenta atingir minha moral e a firmeza de minha vida familiar”, disse, na época, afirmando ainda que o dinheiro seria devolvido à Câmara.

Sem acordo, greve dos delegados chega aos 25 dias


Delegado Marconi Lima disse que Estado não apresenta contraproposta Foto: G. Ferreira

POR JULLY CAMILO
Sem acordo com o governo do Estado, a greve dos delegados do Maranhão completa nesta segunda-feira (27), 25 dias de duração. A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (Adepol) acatou a determinação do Tribunal de Justiça, proferida pelo desembargador José Luiz Oliveira de Almeida, para que 50% do efetivo trabalhem normalmente durante a paralisação, mas afirmou que o movimento continua.
De acordo com o presidente da Adepol, Marconi Lima, já houve várias reuniões com representantes do governo, chefe da Casa Civil e Secretaria de Segurança Pública, sobre as reivindicações da categoria, porém sem nenhuma contraproposta. Os delegados querem o reajuste das horas extras em 10%, na mesma forma que foi concedida nas carreiras de Polícia Civil e agente penitenciário, sendo 5% imediato e 5% posteriormente; incorporação das horas extras ao subsídio; o cumprimento da decisão judicial feita em 2007, durante o governo de Jackson Lago, que garante isonomia para os delegados como a do procurador do estado e melhores condições de trabalho.
“Esperávamos um avanço durante as várias reuniões que tivemos, mas a intransigência do governo não permite que as negociações avancem. O secretário Aluísio Mendes já disse que não pode oferecer reajuste neste ano para os delegados, devido ao orçamento. Desta forma a greve continua, mas de forma pacífica e ordeira”, afirmou.
Segundo o delegado Marconi Lima, o Estado descumpre a isonomia dos delegados, sem nenhuma decisão judicial, apesar de já ter perdido a questão cinco vezes no Supremo Tribunal Federal.

Os segredos de Sarney e Collor

Mary Zaidan
Então está tudo certo. Não passou de mais um mal entendido da série de incompreensões que insiste em perturbar os primeiros meses do governo Dilma Rousseff. A presidente, que antes não queria, depois queria, e agora não quer de novo, enterrou de vez essa história de sigilo eterno para documentos ultrassecretos.
Livrou-se da indução hipnótica dos ex-presidentes José Sarney e Collor de Mello, que queriam porque queriam trancafiar segredos para todo o sempre.
Quem estalou os dedos e quebrou o encanto foi o Itamaraty. Assegurou que o Paraguai não reivindicará territórios de volta, que não há conflitos passados que perturbem o Acre nem qualquer outra fronteira geográfica ou de amizade entre os países com os quais o Brasil se relaciona ou se relacionou desde o descobrimento.
Só resta saber por quais sigilos Sarney e Collor tanto se bateram. Queriam esconder o que?
Como vão guardar em segredo absoluto suas motivações, permite-se liberdade plena para qualquer tipo de conclusão. E, a julgar pela folha corrida de ambos, nada indica ser boa coisa.
Não vamos descobrir nunca. Talvez as próximas gerações até consigam, caso o Senado não modifique a proposta da Câmara de abrir os documentos ao público em, no máximo, 50 anos.
Mas a realidade não se pode esconder.
Donos e herdeiros de clãs que dominam seus estados e dão cartas em outros tantos, Sarney e Collor fizeram glória e fortuna exatamente nos maiores paraísos de miséria do país.
Em todos os indicadores sociais, o Maranhão de José Sarney só ganha das Alagoas de Collor de Mello. Os dois estados têm os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) – Maranhão, 0,683, e Alagoas, 0,677 – ; lideram os rankings de analfabetismo e de mortalidade infantil – Alagoas com 66 mortes por mil de crianças até um ano de vida e o Maranhão com 39 em mil -, e o de menor expectativa de vida. Somam-se aí taxas pornográficas de saneamento: o Maranhão tem apenas 1,4% de esgoto tratado, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico.
Ao querer manter debaixo do tapete atos de quando ocupavam o Palácio do Planalto – único motivo plausível para tanto empenho no sigilo eterno de documentos – Sarney e Collor, que, como se vê, não têm qualquer apreço pela população de seus estados, condenando-as à pobreza eterna, perpetuam-se como símbolos do que há de mais nocivo ao país.
E isso não é segredo.

IBGE: DOS 50 MUNICÍPIOS MAIS POBRES, 32 ESTÃO NO MARANHÃO

Blog do Ed Wilson
A divulgação dos dados do Censo Demográfico do IBGE revela como se comportou a desigualdade social no Brasil de 2000 a 2010 – período em que a renda média do brasileiro subiu 3% em cidades paulistas e 46% em cidades maranhenses.

Mesmo assim, dos 50 municípios mais pobres do Brasil, trinta e dois (32) estão localizados no Maranhão. A menor renda foi registrada em Belágua (MA), cujo valor é R$ 147,70.

Entre 2004 e 2009, o índice de pobreza extrema no Maranhão teve redução de 46%, período que compreendeu os governos José Reinaldo Tavares e Jackson Lago.

A pesquisa da renda domiciliar per capita também aponta que o Distrito Federal tem a maior renda per capita, com R$ 1.774. Contudo, entre os municípios, Niterói (RJ) é o primeiro, com R$ 2.031, 18.

O Estado com menor renda per capita é o Maranhão, com uma média de R$ 405, que também angariou a primeira colocação entre os municípios com a menor renda: Belágua.

Veja a relação dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas (Fonte IBGE):

– Belágua (MA) R$ 146,702

– Marajá do Sena (MA) R$ 153,473

– Cachoeira do Piriá (PA) R$ 163,654

– Fernando Falcão (MA) R$ 166,735

– Matões do Norte (MA) R$ 170,766

– Melgaço (PA) R$ 172,287

– Assunção do Piauí (PI) R$ 174,448

– Milagres do Maranhão (MA) R$ 175, 999

– Satubinha (MA) R$ 177, 1110

– Bagre (PA) R$ 178,0411

– Cachoeira Grande (MA) R$ 180,0212

– Santo Amaro do Maranhão (MA) R$ 181,0813

– São Roberto (MA) R$ 181,7714

– Ipixuna (AM) R$ 181,9815

– Presidente Juscelino (MA) R$ 182,18

Fonte: IBGE / Folha Online

Bem-vndo ao “Sarneyquistão”


Favela da Liberdade Em São Luís: o retoro da miséria perpetuado
Em quase cinco décadas de domínio, Sarney pouco fez para livrar o Maranhão da pobreza
LEONARDO COUTINHO
“A terminação “istão”, em algumas das línguas faladas na Ásia Central, significa “lugar de morada” ou “território”. Assim, o Quirguistão é o lugar de morada dos quirguizes. O Cazaquistão, o território dos cazaques, e o Tadjiquistão, dos tadjiques. Também por esse motivo, o estado do Maranhão – tão miserável quanto as antigas repúblicas da extinta União Soviética e igualmente terminado em “ão” – poderia muito bem ser rebatizado de Sarneyquistão.
Há 46 anos, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao lado de sua família e apaniguados, comanda o estado que, segundo o Censo 2010, abriga 32 dos cinqüenta municípios mais miseráveis do país.
Quando Sarney chegou pela primeira vez ao poder, no longínquo ano de 1965, o Maranhão ocupava as últimas posições do ranking nacional de desenvolvimento. A partir de então, seu grupo venceu dez eleições para governador, chefiou o Executivo local por 41 anos e… conseguiu o feito de nada mudar.
O “Sarneyquístão” continua ostentando os indicadores sociais mais vexatórios do país, comparáveis aos das nações mais desvalidas do planeta (veja o quadro). Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluído há duas semanas mostra que a pobreza extrema atinge 14% da população. Em 82 das cidades do estado, a renda média é inferior ao que o Bolsa Família paga em benefícios.
Outro estudo afirma que 78% dos maranhenses dependem de algum programa oficial de transferência de renda. E não foi a natureza que condenou os maranhenses à miséria.
O estado foi um dos mais prósperos do Brasil até o século XIX. Tem uma localização estratégica, mais próximo dos países ricos do Hemisfério Norte, e terras férteis (que só recentemente, com o cultivo da soja, passaram a ser devidamente exploradas). Seus habitantes vivem no atraso por outras razões.
O historiador Wagner Cabral da Costa, da Universidade Federal do Maranhão, identifica três delas. Nos anos 60, o governo estadual distribuiu grandes extensões de terra a empresas privadas, com a justificativa de assim desenvolver a economia local. A conseqüência foi a formação de latifúndios improdutivos que, utilizados para atividades altamente subsidiadas, como a exploração de madeira e pecuária, resultaram em quase nenhum retorno financeiro para a economia maranhense.
O autor da medida? Ele mesmo, José Sarney. Pautados pelo menos duvidosos critérios que não necessariamente os do interesse público, seus sucessores deram continuidade ao erro, esvaziando os cofres do estado para levar para lá indústrias que demandavam pouca mão de obra. Resultado: metade da população economicamente ativa hoje depende da pequena agricultura.
Segundo o historiador, a terceira razão do atraso é a corrupção. “No Maranhão, ela é endêmica”, diz Cabral da Costa. “A rigor, a República nunca chegou por aqui.”
Em quase cinco décadas, Sarney só perdeu o domínio sobre o seu Sarneyquistão uma vez. Em 2006, Jackson Lago (PDT) derrotou sua filha e herdeira política, Roseana, que concorria ao terceiro mandato de governadora. Mas foi apenas um hiato na história. Em 2009, Lago teve o mandato cassado por compra de votos. Morreu há três meses, não sem antes ver seu adversário ressurgir das cinzas com uma aliança inusitada. Com apoio do ex-presidente Lula, Sarney engajou o PT no projeto de perpetuação de seu clã, conseguiu mais um mandato para Roseana e indicou os titulares dos principais órgãos federais do estado. Lá, a aliança dos dois antigos inimigos foi batizada de “sarnopetismo”. O Maranhão não merecia mais essa praga.
De VEJA